A sede do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba (IHGGP) poderá ser restaurada pelo empresário Valdeci Cavalcante, não obstante haver a promessa do prefeito Florentino Neto realizar a obra, tão logo a Presidente Dilma libere recursos do PAC das Cidades Históricas, da ordem de 38 milhões de reais, prometidos ainda em 2013.
O empresário parnaibano sinalizou nesse sentido, durante entrevista concedida recentemente, por ocasião da inauguração do Centro Cultural Reis Velloso, no prédio da antiga União Caixeiral.
“Estamos pleiteando a restauração do prédio onde hoje é a Biblioteca Municipal e o Instituto de Genealogia. Em Parnaíba vamos construir duas obras novas: um prédio do SENAC e um prédio do SESC. Essas duas grandes obras vão ser construídas em forma de palácios, aqui na BR 343, que liga Parnaíba a Luiz Correia, ainda este ano”, informou o empresário.
O presidente do IHGGP, Reginaldo Júnior, disse que ficava feliz com a informação, porque o Instituto precisa de apoio para que continue a cumprir com suas obrigações estatutárias, de servir aos estudantes e a todos aqueles que vão à instituição em busca de informações históricas da cidade. Ele disse que já há um entendimento com o SESC, um projeto que está sendo formatado, para uma possível ajuda financeira mensal, em troca de palestras sobre a história da cidade a serem proferidas pelos historiadores sócios do IHGGP para a clientela comerciária, dentro de um organograma previamente estabelecido.
“Nossas dificuldades são enormes. Não recebemos nenhum tipo de ajuda do poder público. A única verba que o Instituto recebe atualmente é em janeiro, quando alguns sócios pagam uma anuidade de 120 reais, cada um, o que totaliza 600 reais, porque apenas 5 cumprem com pagamento estipulado de 10 reais por mês. De quase 40 sócios apenas 5 fazem o pagamento”, diz Reginaldo, afirmando que várias vezes teve que pagar com recursos próprios despesas que surgem e que não podem ser adiadas.
Ele disse ainda que o prefeito Florentino Neto conhece toda a realidade do Instituto , desde que era vice-prefeito. “Ele sabe da nossa situação, inclusive já chegou a oferecer objetos para que fizéssemos bingos para arrecadar dinheiro para contribuir no pagamento de algumas despesas. Alguns sócios até se revoltaram com a proposta porque viram que a prefeitura poderia dar um apoio maior, porque o Instituto é uma entidade sem fins lucrativos e contribui muito com a educação e com a preservação da história da cultura parnaibana”, diz Reginaldo. Ele informou ainda que diariamente são atendidos estudantes do ensino fundamental, médio e superior, para pesquisas, inclusive, de mestrado, doutorado, TCCs, etc. “Se o Instituto não existisse hoje a gente sabe que ficaria muito difícil para os estudantes das áreas de história e turismo que nos procuram quase que diariamente”.(Bernardo Silva)
Fonte:Jornal “Tribuna do Litoral”
Bernardo Mello Franco – Folha de S.Paulo
