Campanha da Fraternidade discute saneamento básico

O saneamento básico no Brasil ainda é extremamente precário, o que expõe a população  a vários tipos de doenças tropicais, típicas de lugares onde esse tipo de serviço é ineficiente ou inexistente. As temidas dengue, chykungunia e zica são apenas um exemplo. O nosso país está entre os 20 do mundo nos quais as pessoas têm menos acesso aos banheiros. No meio rural, essa realidade é ainda pior: somente 42% das moradias dispõem de água encanada; e  apenas 23,4% contam com coleta de resíduos sólidos.
Esses números expõem uma desigualdade social gritante entre as diversas regiões brasileiras e, ainda, entre as zonas urbana e rural. E é justamente sobre esse problema que a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lança luz durante a Campanha da Fraternidade a ser lançada neste tempo de quaresma, iniciado hoje com a quarta-feira de cinzas.
Para a Igreja Católica, este é um tempo de conversão, promovida pelo jejum, a oração e a caridade, mas também um tempo de reflexão sobre os problemas que provocam o sofrimento da comunidade. E a falta de acesso à moradia digna, com saneamento adequado, está entre eles. Aliás, a melhoria nos índices de saneamento está entre as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pela ONU – Organização das Nações Unidas.
Este ano, a Campanha da Fraternidade assume caráter ecumênico, envolvendo ainda mais gente na discussão em defesa do planeta terra. O tema proposto é: “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”. Um pedido de socorro para que tenhamos mais cuidado com a mãe natureza e com o meio social que nos rodeia, promovendo uma sociedade mais justa, onde  todos tenham direito à moradia digna, saúde e água em abundância. (Cláudia Brandão)

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