Representantes do Sinte-PI realizam coletiva sobre greve geral.
Durante a entrevista coletiva realizada, na manhã desta quinta-feira (27), no auditório do Sinte Piauí, a presidente da entidade, após fazer um breve histórico do movimento paredista e das demandas que levaram a categoria a deflaga-lo, fêz a leitura de uma carta aberta do Sinte Piçauí dirigida a sociedade. Leia abaixo:
O Sinte Piauí, em nome dos 40.000 educadores filiados a esta entidade, esclarece para a povo do Piauí, alguns pontos em relação ao atual movimento grevista, no qual estamos envolvidos desde o dia 10 de fevereiro de 2020.
Há 12 anos, a Lei n° 11.738/08, desencadeou um processo de valorização, através do reajuste dos trabalhadores iniciantes na educação básica pública, dado de forma linear, ou seja, estendido a todos os profissionais da educação.
No ano de 2019, os aposentados e aposentadas da educação pública do Piauí, não receberam o reajuste, e este ano também, de acordo com a “proposta” apresentada pelo governo Wellington Dias na Assembleia Legislativa, não o receberão.
Os servidores ativos receberam, em alguns meses daquele ano, o reajuste na forma de auxílio alimentação, que, posteriormente, seria incorporado ao vencimento, condicionado a que o governo saísse do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que não ocorre há dois anos, apesar do “padrão China de crescimento”.
Professora Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI.
Estamos sendo sacrificados pela má gestão e a greve sendo criminalizada pelo governador e secretários quando afirmam, em um esforço midiático, que ganhamos acima da Piso, “esquecendo” de citar que englobam gratificações. Do mesmo modo, se distanciam da verdade ao fazer a defesa do diálogo, visto que, nas raras vezes em que simulou negociar, fez “ouvidos de mercador” as questões referentes a merenda e transporte escolar, infraestrutura das escolas, promoções, aposentadorias e respeito à Lei do Piso.
Na tentativa enfraquecer a greve, as falácias associaram ameaças de corte de ponto, um contrassenso, que nos liberaria de repor as aulas perdidas, o que sempre cumprimos por responsabilidade social.
Muitos dos seus integrantes do governo e alguns deputados da base atuaram nos movimentos sociais, inclusive no Sinte Piauí, no entanto, tentam manter o arrocho salarial sobre a nossa categoria. Continuaremos resistindo, dando uma aula de dignidade e cidadania para os nossos alunos e para a sociedade, mas, também para os que conspurcam a sua biografia se posicionando francamente contra a classe trabalhadora e a educação pública.
A GREVE CONTINUA!
NÃO NOS INTIMIDAMOS COM AMEAÇAS!
GOVERNO WELLINGTON DIAS NÃO RESPEITA TRABALHADOR!
TODOS NA ASSEMBLEIA GERAL NO DIA 2 DE MARÇO!
(Fonte:SintePI)
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