POR: BERNARDO SILVA
Tem vereador de Parnaíba falando sem conhecimento de causa. Simplesmente para aparecer e ser contra o Mão Santa. E tem gente se deixando enganar com conversa fiada. Senão vejamos:
Ao propor a retirada do município de Parnaíba do Consórcio Regional de Desenvolvimento da Planície Litorânea (COREDEPI), o prefeito Mão Santa fez a melhor coisa para a cidade de Parnaíba. Porque o tal Consórcio, apesar do nome pomposo e de uma série de bombagem que dizem haver motivado sua criação. “Esse Consórcio é um engôdo”, disse hoje o vereador Carlson Pessoa, em comentário na Câmara Municipal.
O consórcio foi criado em dezembro de 2013, sob a “inspiração” de alguns petistas, dentre os quais, o ex-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto, que chegou a ser seu vice-presidente, se não me engano. Formado pelos “11 municípios que formam a Planície Litorânea, somente elegeu a primeira diretoria sete meses depois, no dia 9 de julho de 2014, que teve como presidente eleito Ricardo do Nascimento Martins Sales, prefeito de Murici dos Portelas e que permanece até os dias atuais. Os representantes do consórcio poucas vezes se reuniram durante estes 6 anos de existência”. Isto está na imprensa, não estamos inventando.
No final de outubro de 2016, recém-eleito e já com equipe de transição montada na Fiepi, Mão Santa recebeu a visita dos prefeitos que integram o tal Consórcio. Alguns reeleitos e outros eleitos pela primeira vez.”Vamos intensificar articulações visando a união de todos os 11 municípios da Planície, que compreende cerca de 400 mil habitantes. Os municípios estão falidos e estamos procurando nos unir para resolver os problemas comuns a todos”, disse na ocasião o prefeito e presidente do Consórcio, Ricardo Sales.
O objetivo maior desse Consórcio – e foi dito isso para o Mão Santa- era que “o Ministério Público estava cobrando que Parnaíba receba todo o lixo desses 11 municípios. Já sabemos que o aterro sanitário existente não suporta o lixo de todos os municípios e precisamos retomar esta discussão”, destacou Joaquim Neto, então secretário do Consórcio. E disseram mais: que Parnaíba se responsabilizasse em receber todos os pacientes desses municípios para enviar a Teresina para tratamento médico. E que o governador iria criar uma Policlínica no município, o que diminuiria o fluxo de pacientes para Teresina. Aqui seria o polo principal. Já pensou? A Policlínica criada é da UFPI.
Tem mais: para manter o consórcio era preciso 30 mil reais/mês, definido no “Protocolo de Intenções do Consórcio Regional de Desenvolvimento da Planície Litorânea Piauiense”, assim distribuídos, conforme o coeficiente de receita do Fundo de Participação dos Municípios: Parnaíba arcaria mensalmente com R$ 9.500; Luís Correia com R$ 3.500; Buriti dos Lopes com R$ 3.000; Bom Princípio, Cajueiro da Praia, Caraúbas, Caxingó, Cocal dos Alves, Ilha Grande e Murici dos Portelas vão arcar com R$ 1.500 cada um”. E haviam outras exigências, que a prefeitura de Parnaíba vinha pagando, sem retorno algum. E é isso que estão defendendo os “bravos” vereadores de Parnaíba, que apoiam o governo Wellington Dias e devem favores ao secretário de saúde Florentino Neo? E onde fica o interesse do povo???!
Portanto, não tem nada de retrocesso. A prefeitura de Parnaíba, definitivamente, não pode continuar patrocinando mordomias para uma entidade que abriga prefeitos que sequer demoram muito tempo em seus municípios. E que nem ligam para esse tal consórcio, como foi dito nessa mesma reunião em que nos fazíamos presentes.
Inegável o esforço do ex-prefeito Florentino Neto em trazer para Parnaíba o tratamento oncológico, com o apoio de Mirócles Véras e Tiago Almedra, dos Hospitais Dr. João Silva e Marques Bastos. E o senador Marcelo Castro, então ministro da saúde, assinou a portaria. Das vezes que entrevistei Florentino Neto sobre este assunto, nunca ele me falou que o tal COREDEPI tinha algo a ver com isso, Estão mentindo para os parnaibanos de boa vontade. Tenho dito!
EM TEMPO: O Plenário do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) aprovou durante sessão plenária realizada nesta quinta-feira (7) o bloqueio das contas bancárias do Consórcio Regional de Desenvolvimento da Planície Litorânea Piauiense. O bloqueio foi solicitado pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Leandro Maciel, decorrente da inadimplência quanto ao envio das prestações de contas.