O brasileiro bebe cada vez mais e até cada vez mais cedo, estimulado em casa, por amigos e pela propaganda das diversas marcas de cervejas e de bebidas destiladas, a prometer que o álcool traz bem estar e aceitação social. Tanta embriaguez se tornou uma questão de saúde pública. O consumo – social ou viciado – tem causas e consequências maléficas. O tema deverá provocar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
A justificativa para a CPI do Álcool se baseia em pesquisas do Ministério da Saúde que indicam que o consumo frenquente e excessivo está fortemente associado a acidentes, violência e sexo desprotegido. “Grande parte dos acidentes de trânsito com vítimas está associada ao uso de bebidas alcóolicas pelo condutor do veículo ou pelo pedestre vítima de atropelamento, e após a vigência da Lei Seca (Lei 11.705/06)”, assevera Macris.
É o impacto negativo “considerável” para o consumidor e a para a sociedade que leva o deputado a considerar que o Congresso Nacional deve participar do monitoramento e vigilância de uma “tendência nacional” que já faz parte das estatísticas de saúde pública. A CPI poderá servir de apoio à 63aAssembleia Mundial da Saúde, que será realizada em maio em Brasília com o tema “Estratégias para a redução dos danos provocados pelo álcool”
Sugestões de mesa de bar para a CPI do Álcool convocar: Lula, Adriano do Flamengo, Zeca Pagodinho e Reginaldo Rossi. Todos e muitos outros famosos poderão explicar à CPI porque bebem porque é líquido. Contraponto: a ex-boa de copo Ângela Rorô. (foto: Mauro Sampaio/Acessepiaui)
A CPI do Álcool agirá em consonância com a OMS no enfrentamento do problema e as investigações deverão sugerir: formulação e implementação de políticas de controle do consumo; estímulo à conscientização e educação a partir de informações sobre os males do álcool; melhoria do atendimento do sistema de saúde; reforço da vigilância; aplicação de leis sobre a condução sob o efeito do álcool e de medidas para combater o consumo; regulamentação da comercialização do álcool; abordagem ao acesso, oferta e preço; combate do Estado à produção ilegal e informal de bebidas alcoólicas; e aumento da mobilização e destinação dos recursos governamentais ou privados.
Fazer o brasileiro beber menos ou até parar de tomar definitivamente umas e outras será dose. Boa sorte à CPI do Álcool(acessepiaui).