A crônica de Danilo Damásio

A Flora e a Chayene
Danilo Damásio - Crônicas do Cotidiano da Política 
Há duas semanas, o PT tava sem novidade nenhuma. Mais parado do que água de poço! Aí lá vem o Assis e inventa de dar um piripaque no coração. Tá vendo? Bem que eu dizia que o Assis tinha coração. O B. Sá, só por despeita, andava espalhando que no lugar do coração o Assis tinha era uma muela.
Outra: o Wellington Dias ainda não se conformou do Cícero Magalhães ter passado uma cambita nele nas prévias do PT. De lá pra cá, ele vem mexendo com os pauzim, lá por cima, na direção nacional, pra aplicar um bombaquim tão grande no Cícero Magalhães e no Elmano que é pra eles saírem catando momona. Vai ser uma Chave 14 no Povo do 14!
Marrôta: a Flora Isabel, que não é de se aquietar, quando viu os companheiros fazendo as politrica deles, resolveu criar também as suas. 
Anteontem, ela correu pra tribuna da Assembléia pra tentar mobilizar aquela Casa do Povo contra ninguém menos que sabe quem?… A Rede Globo de Televisão! Por quê? Por causa da nova novela das 7, “Cheias de Charme”. A deputada contou que na novela os piauienses são representados pela empregada doméstica “Socorro”, interpretada pela atriz Tina Medeiros, uma trambiqueira que faz tudo para se aproximar da cantora Chayene, a outra piauiense que renega o seu Estado natal e chama suas empregadas de “Curicas”. A deputada está incomodada de como estão sendo retratados o nosso estado e a nossa gente! 
Auto-estima baixa
Ainda nos anos 70, a Rede Globo levou para a telinha a Gabriella do Jorge Amado. Uma baiana piriguete. Depois, nos anos 80, a mesma Rede Globo levou a Tieta do Agreste para a TV de todo o Brasil. Era também baiana e tinha ido para o Rio de Janeiro ganhar a vida como rapariga. E a outra baiana Dona Flor e Seus Dois Maridos? E o que dizer da mineira Hilda Furacão, que trabalhava num cabaré com a Maria Tomba-homem e a Cintura Fina? E os gays cariocas que são também presenças constantes nas novelas globais? A crônica não registra reação dos baianos, mineiros e cariocas a estas representações sociais, que não estigmatizaram a população desses estados. Ao que me consta, baiano tem fama é de preguiçoso, mineiro de come-quieto e carioca de malandro!
E, batendo bem aqui nesta meu coquim avantajado que mamãe me deu, não estou lembrado de ter visto a deputada Flora Izabel mostrar a sua indignação com coisas mais sérias como a falta de aula nas escolas do Estado durante quase todo este semestre; nem me recordo de ter visto ela levantar a voz em defesa dos quase 1 milhão de piauienses que sofrem com os efeitos da seca. Essa implicância dela com as personagens da novela ou é coisa de quem não tem a auto estima elevada ou não tem o que fazer. 
E, cá pra nós: eu tô achando que a Chayene tá cantando melhor e é muito do que o Frank Aguiar! Né não, gente?

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