
Após atuação inócua nos parlamentos estadual e federal, Rejane Dias poderá ser conselheira do TCE/PI
Por:Toni Rodrigues
Todos conhecem a clássica frase “nunca coloque a raposa para cuidar do galinheiro.” O que acontecerá em seguida é bastante previsível. Como previsíveis são as ações do atual governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que está no poder, espantosamente, desde 2003. Espantosamente porque ele não possui realizações que amparem sua longevidade no poder. Nem tampouco qualquer medida que tenha contribuído de maneira determinante para o desenvolvimento do estado. O que acontece é que a temporada de previsões está aberta com a aposentadoria do conselheiro Luciano Nunes no TCE/PI (Tribunal de Contas do Estado). Vamos entender um pouco mais.
Ele pretende, sim, colocar sua mulher, a deputada federal Rejane Dias (mesmo partido) como conselheira do TCE/PI. O assunto foi bastante comentado na semana passada entre membros do governo e da suposta oposição. O governo desconversa através dos seus seguidores na imprensa e outros setores — políticos, empresariais, por exemplo. Rejane pretende continuar dando sua contribuição para a política e o desenvolvimento do Piauí. É o que dizem. Talvez mirando o considerável desempenho da deputada no Caso Topique. Ou na investigação sobre desvios da merenda escolar. Ou ainda sobre fechamento de escolas. Ou a ruína do sistema educacional do estado. Enfim. Tudo depende do ponto de vista.
Depois de vários mandatos na Assembleia Legislativa e Câmara Federal não sem notícia de nenhum projeto que tenha, efetivamente, contribuído para qualquer coisa em termos de crescimento no estado. Rejane Dias é apenas a mulher do governador e pretende continuar seguindo nessa direção sem qualquer atropelo. Por isso, também decide não comentar a possibilidade de ser indicada conselheira do TCE/PI. Isso depende da vontade do governador. Tem razão. Depende mesmo da vontade dele
A escolha do conselheiro se dá por meio da Assembleia Legislativa. Dos 30 deputados, o governo controla diretamente pelo menos 25. Existem especulações, nos bastidores, de que teria comando sobre mais alguns que se dizem de oposição. Tudo depende do comportamento das bases, e de como as mesmas são agraciadas. Para colocar Rejane na Corte de Contas, Wellington não teria que fazer nenhum esforço adicional. Seria apenas colocar seu nome na pequena e simulada disputa que todos os deputados governistas votariam na mencionada. Sem tirar nenhum. (Toni Rodrigues)