Com uma população de 35 milhões de pessoas está sujeita a experimentar fortes perdas agrícolas, assistir à escalada de doenças e, sem alternativa, ter de procurar outro lugar para viver. Os danos econômicos são incalculáveis. Essas pessoas moram em 1.488 municípios de 11 estados, incluindo todo o Nordeste, o norte de Minas Gerais e o do Espírito Santo.
São vítimas da desertificação. Para ter ideia da gravidade do problema, há cinco anos o Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e o Ministério do Meio Ambiente calcularam que 230.000 km² estavam virando deserto. Hoje, a área passou para 1.340.863 km², uma alta de 482%.
Atualmente, uma região maior do que o estado do Ceará já virou deserto. São 200 mil km². Bahia, Ceará e Pernambuco são os estados mais castigados, embora, proporcionalmente, a Paraíba seja o estado com maior extensão de área comprometida: 71% de seu território já sofrem perdas consideráveis.
Em 2013, foram mapeados seis núcleos propensos à desertificação. Hoje, a situação se alastrou para 70% do Nordeste. As causas são velhas conhecidas do brasileiro: o desmatamento da caatinga e do cerrado, uso intensivo do solo, a ocupação humana irregular, as práticas inadequadas de irrigação, a fertilização química do solo e a mineração excessiva. O fenômeno ameaça reduzir em 11% o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste até 2050. Fonte: INSA. meionorte. Foto. Edição: APMNotícias.