Dilma erra como Lula

País das obras inacabadas e da corrupção, o Brasil se prepara para torrar 100 bilhões de dólares num trem-bala ligando São Paulo ao Rio, em preparativos para a Copa e os Jogos Olímpicos. Numa situação gravíssima em que se encontra a economia mundial, abalada pela crise dos Estados Unidos, isso é uma afronta.
Há dois anos, quando o País se empenhou em sediar estas folias, o mundo já estava na primeira fase desta tremenda recessão, chamada por Lula na ocasião de “marolinha”. E agora estamos na segunda, bem mais braba. Basta ver a desgraceira na Grécia, País que sediou os jogos em 2004.
Como aceitar o projeto de construção de um trem-bala ao custo de R$ 40 bilhões quando as estradas viraram verdadeiras arapucas para a morte? Como o Brasil pode se dar ao luxo de gastar R$ 1 bilhão na reforma de um estádio de futebol quando a favela ali bem perto não tem saneamento básico, creches, postos de saúde e segurança?
Isso sem falar na projeção de milhões de dólares para construir um submarino. Nada contra a Copa e os jogos, mas a prioridade seria dotar os grandes centros urbanos de melhores hospitais, com remédio, médicos, raios-X, tomógrafos, etc.
Enquanto se discute pasmeiras como a compra de bilionários jatos militares, a população do Norte ao Sul do País não tem estradas, meios de transportes alternativos, escolas e hospitais. O Brasil é um país de contrastes. Aqui, ainda se morre de malária e mal de Chagas, doenças do século passado. A lógica orçamentária de Dilma, infelizmente, caminha na mesma direção da de Lula. Magno Martins

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