Discussão do Orçamento Participativo 2015 em Parnaíba: mais uma farsa?!

A prefeitura de Parnaíba anuncia para o dia 27 de agosto a discussão do Orçamento Participativo 2015, que é “uma consulta pública onde a população é convidada a apresentar propostas, discutir e definir junto à Prefeitura as prioridades para os bairros e comunidades”. O evento está programado para o auditório da Universidade Federal do Piauí, Campus Reis Velloso, com início para às 13:00hs, com “a presença da comunidade, através de representantes de associações de moradores, organizações governamentais e não governamentais”.
Já há algum tempo que as verdadeiras lideranças populares, representantes de comunidades de bairro, não atendem ao chamamento da Prefeitura, neste tipo de convocação, alguns em função de decepções pelo fato de observarem que daquilo que é discutido em plenárias muito pouco é executado. Por conta disso, a maioria do público presente às tais discussões é composta por funcionários da própria prefeitura. Os representantes do “povão” já não participam como deveriam, após constatarem, ano após ano, que suas reivindicações não serão atendidas. “É só falação”, dizem.
A segunda parte destas discussões sempre ocorre na Câmara Municipal, onde os vereadores realizam audiência pública, no final do ano, antes da redação final e da aprovação do Orçamento, também com representantes populares, a fim de colocarem as devidas emendas ao orçamento, destinando recursos para as obras e eventos solicitados pela população. Em dezembro do ano passado, por exemplo, nenhuma liderança comunitária compareceu à citada audiência pública, que foi realizada apenas com a presença de parte dos vereadores e da Superintendente Municipal de Planejamento, Ana Clara.
“A gente às vezes é criticado pela população, que alega que não fazemos nada, porém, em momentos de discussão importantes, ninguém comparece. O cidadão não pode reclamar, porque é convidado e não vem”, comentou naquela ocasião o vereador Gerivaldo Benício, na condição de presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara.
Outra decepção também já externada pela população é a colocação de recursos para determinadas entidades, que chegam a fazer planos para sua aplicação, mas o dinheiro nunca é liberado, inclusive apoio a realizações da própria comunidade, como a Regata de Canoas do Bairro Tabuleiro, que existe há 14 anos, sempre com recursos no orçamento, mas que “há 2 anos não recebe qualquer tipo de apoio do Poder Público”, reclamam os integrantes da Associação de Moradores do Bairro.
Fonte:Jornal “Tribuna Popular”
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