E por que o MDB não descola do PT e lança candidato próprio ao governo do Piauí? É medo?

POR: Bernardo Silva

Essa trairagem do PT, em querer largar a mão do MDB em 2026, da forma mais descarada possível, a fim de seguir com o comando total do Estado, é motivo mais do que suficiente para que o partido do saudoso Ulysses Guimarães e de Tancredo Neves, faça uma reflexão profunda e volte a ser Grande, buscando retomar seus espaços e lançando uma candidatura próxima ao governo do Estado.

O pensamento do PT de Wellington Dias é o seguinte: chuta-se agora o traseiro do Themístocles Filho, que envelheceu como presidente da ALEPI, e coloca-se como vice o filho do índio. E daí Rafael Fonteles se reelege e, no final do segundo mandato,  sai para candidato ao senado, deixando Vinicius Dias no governo, com chances de reeleição. E daí segue a oligarquia do morubixaba W. Dias, o índio mais sabido do Brasil, no dizer do Lula, outro “sabido”.

Wellington Dias (PT) é eleito para o Senado no Piauí

W. Dias- o sabido

O MDB fez história no Piauí e em Parnaíba. Com Chagas Rodrigues, Zé Alexandre, Alberto Silva, João Silva Filho, Ribeiro Magalhães, Elias Ximenes, Francisco Figueiredo de Mesquita, Carlos Augusto, Tomas Teixeira e tantos outros… Finalizou este ciclo histórico com Mão Santa governador do Pìauí, que foi defenestrado do  poder pelas razões que a história registra. Foi aí que o PT entrou, até de forma inesperada, jamais imaginada. Ganhou o governo em 2002, até com o apoio do próprio Mão Santa, no ano em que a onda vermelha lavou todo o país. Lembram disso? Daí em diante, o MDB deixou o posto de protagonista da história e passou a ser mero coadjuvante do PT. Triste.

Governador institui Ordem Estadual Centenário Alberto Tavares e Silva -  Pauta Judicial

O histórico Alberto Silva, ícone do MDB

Mas nem tudo está perdido. Se o partido do atual vice governador não estivesse com o rabo tão preso ao PT, seria a hora de lançar um candidato próprio, tornando a disputa mais interessante, porque nem tem graça do jeito que está: com Rafael Fonteles, embora ainda sem concorrente,  em primeiro lugar em todas as pesquisas- de baixo pra cima e de cima pra baixo. Pior foi em 1994, com todos os cenários favoráveis à Oligarquia dos Freitas e Portelas, tendo como representante na disputa para o governo, o ex-secretário de educação de Alberto Silva, Átila Lira. E Mão Santa entrou à força na disputa, contra tudo e contra todos, remando contra a maré e ganhou a eleição. Claro que a história não se repete. Mas, se ninguém ousar dá uma de doido outra vez, ninguém sabe o que será possível.

Gracinha Mão Santa pra governadora? E por que não?

Mas isso é um sonho. Um sonho de uma noite de verão.  Os líderes politicos do MDB de hoje estão todos velhos, só pensam em “se arrumar”, como diria o personagem Justo Veríssimo, do Chico Anísio. Os interesses do Estado que se explodam! Faltam homens de coragem, ou a loucura de um Mão Santa ousado, focado, obstinado, que sempre correu atrás do que quis. Sua Filha, a deputada Gracinha, ainda teve o nome cogitado para ser candidata a governadora pela oposição de Ciro Nogueira, que nem chega a ser oposição porque nem faz cócegas na liderança de Rafael Fonteles. Agora Gracinha ensaia ir se filiar ao MDB, traída que foi, segundo ela, pelo PP de Ciro. Ela tem a garra do pai e o destemor de quem corre atras do seus sonhos. Não é melhor nem píor do que todos os políticos que aí estão, num cenário onde não existem santos. Gracinha para governadora, pelo MDB. E por que não?!!!

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