Sintonizada hoje em 8 municípios da região a TV Costa Norte experimenta atualmente um novo momento de expansão, após passar pelo processo de digitalização, “que começou há 5 anos. Foi um processo muito grande. Uma via crucis em Brasília. Tivemos que superar várias etapas e um procedimento muito complexo, do ponto de vista técnico, do ponto vista Jurídico e também do ponto de vista operacional”, como explicou o diretor da emissora, advogado e empresário Ozéas Castelo Branco Furtado, em entrevista aos jornalistas Bernardo Silva e Camila Neto.
Segundo Ozéas, operação do sistema em si ficou muito mais complicada. “Quanto mais o sinal fica perfeito e a imagem fica boa, maiores são as cobranças. Porque os erros também aparecem com maior nitidez”, destaca o empresário, salientando que, por outro lado, a população está recebendo bem o novo sinal da TV. “Sempre realizamos lives pela internet e percebemos muitas pessoas assistindo de outras cidades”.
O presidente Ozéas explicou ainda que o Ministério das Comunicações estipulou um cronograma para as televisões se adaptarem para o sinal HD (High Definition). “As emissoras tinham um tempo para se adaptarem. As datas variam de acordo com os estados, de acordo com população e também pelo perfil de cada emissora. Agora já foi digitalizado o sinal de Parnaíba, Ilha Grande e Araioses, mas em Luís Correia, Coqueiro e Buriti de Lopes, o sinal ainda é analógico”. Atualmente a TV Costa Norte é sintonizada em oito municípios.
Ozéas Castelo Branco disse que foi oferecido um treinamento para os que fazem a TV, aproveitando também profissionais com experiência em outras emissoras maiores, que já funcionavam em HD. “Contratamos operadores digitais para dar consultoria aqui e nossos operadores foram semanalmente para Teresina treinar”, afirma o empresário.
Ele lamenta, entretanto, que em termos de publicidade o empresariado local ainda não tenha a cultura de fazer da propaganda um investimento. Para ele, quem faz comunicação em Parnaíba, independente dos veículos e de plataformas, são heróis. Porque não existe uma cultura de investimento em mídia. Eles (os empresários) acreditam que estão ajudando os blogueiros ou portais, mas não têm a consciência de que estão investindo. Geralmente os empresários só irão sentir e perceber a força da mídia quando, infelizmente, sai alguma notícia ruim sobre eles”.
Ozéas finalizou dizendo que a TV Costa Norte está atenta e já trabalha com a convergência midiática, “porque a televisão e a rádio não vão sobreviver sozinhos, durante muito tempo. Podemos perceber que desde das eleições, passando pelo Donald Trump e Bolsonaro, ficou provado que a comunicação mudou de plataforma. Agora você está me entrevistando com um celular nas mãos. Se quiser publicar na íntegra, agora, você faz. Por isso é importante a qualificação do profissional”, pontuou.
Fotos: Camila Neto