O Governo do Piauí está às voltas com um novo aperto financeiro. Já são muitas as reclamações sobre atraso de pagamento em vários setores, como os dos terceirizados e do transporte escolar. Os atrasos já chegam a três e até quatro meses.
O governo aguarda a liberação da segunda parcela do empréstimo feito junto à Caixa Econômica Federal para dar uma respirada. Mas a liberação desses recursos, no total de R$ 307 milhões, está de rosca.
A Caixa exigiu uma nova prestação de contas da aplicação da primeira parcela, no valor de 300 milhões. Essas contas estão em análise, sem data para a sua conclusão.
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Agora é o Ministério Público Federal que entra na história, com a abertura de inquérito civil para apurar a aplicação dos recursos públicos oriundos desse empréstimo.
Na instrução do inquérito, o procurador Marco Aurélio Adão mandou à Caixa Econômica uma recomendação de que, por medida de cautela, diante de possível descumprimento do contrato, o banco não repasse a segunda parcela do empréstimo para o Governo do Estado.
O MPF recomendou também que a Caixa não transfira, igualmente, parcelas de novos empréstimos que tenham a mesma finalidade deste. Com isso, a recomendação alcança a segunda parcela da primeira operação de crédito e o novo empréstimo de R$ 315 milhões.
Se tudo correr bem na apreciação da prestação de contas, ainda assim o Governo do Estado arca com prejuízos, pois isso demanda tempo. E o Estado tem pressa em receber nova injeção de recursos.
Claro que o dinheiro dos empréstimos se destina a investimentos. Com esses aportes, o governo ficaria com caixa para cobrir as despesas de custeio. E no momento não está sendo fácil equacionar essa operação.
Por:Zózimo Tavares