PLENÁRIO DO SENADO ÀS ESCURAS APÓS SESSÃO SER SUSPENSA
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi forçado a suspender a sessão que iria discutir nesta terça-feira, 11, a reforma trabalhista. Senadores ocuparam a mesa diretora e não deixaram Eunício sentar na cadeira da presidência.
A senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI) ocuparam os lugares na mesa assim que a sessão foi aberta, por volta de 11h, quando Eunício ainda não estava no local. Elas são contrárias à reforma trabalhista.
Quem ocupava a cadeira da presidência na hora em que Eunício chegou ao plenário era Fátima Bezerra. O presidente do Senado quis tirar o microfone da senadora e, após essa confusão, Eunício suspendeu a sessão.
As luzes do plenário do Senado foram apagadas e, mesmo no escuro, senadoras da oposição continuam ocupando a mesa diretora.
As discussões da reforma trabalhista se encerraram na última quinta-feira (6). Hoje, se a sessão for retomada, os líderes de partidos e de blocos partidários poderão apenas orientar suas bancadas para aprovar ou rejeitar o projeto. Não haverá discursos de senadores que não são líderes.
A votação será feita nominalmente com divulgação do resultado no painel eletrônico. A expectativa é de um placar bastante apertado. Para aprovar o texto são necessários, pelo menos, 41 votos dos 81 senadores.
Próximo passo
Se aprovado o texto principal, os senadores vão analisar as emendas apresentas em plenário. As que receberam parecer contrário deverão ser votadas em globo, ou seja, todas juntas de uma vez e, provavelmente, em votação simbólica. Todas têm parecer pela rejeição.
Depois é a vez das emendas destacadas seguirem para votação em separado pelos partidos ou blocos partidários. A votação de cada destaque também poderá ser encaminhada pelas lideranças. Caso os senadores confirmem o texto sem mudanças, o projeto seguirá para sanção presidencial no dia seguinte. Se reprovado, o texto é arquivado.