Gestão Wellington Dias: muito custeio e pouco investimento

Um ano difícil

Por:Arimateia Azevedo

Quem olha de perto a situação fiscal do Estado do Piauí não tem razões para acreditar, nem com todo o otimismo do mundo, que 2019 será um ano fácil para Wellington Dias (PT), que cumpre seu quarto mandato.

Os dados trazidos do ano passado já apontam para um caminho tortuoso. O déficit previdenciário passou dos R$ 1,2 bilhão e deve ser maior neste ano. Há atrasos com os fornecedores porque o Estado teve que dar prioridade para a sua maior despesa de custeio, a de pessoal. Para 2019, projeta-se uma receita de R$ 2,347 bilhões na Secretaria de Administração e Previdência, que virou a gestora do maior problema fiscal do Estado, o Regime Próprio de Previdência Social, um saco sem fundo. O valor é quase duas vezes maior que a despesas prevista para a área da Saúde (R$ 1,3 bilhão) e R$ 380 milhões maior que o que será aplicado na Educação.

No que diz respeito a investimentos em obras, prevê-se a aplicação de R$ 1,247 bilhão, a maior parte oriunda de financiamento (R$ 1 bilhão), o que significa que mais uma vez o governo não terá folga no caixa, premido pelas despesas de custeio (principalmente de pessoal), que cresceram além das receitas próprias e de transferências e que seguem avançando, mesmo quando não há espaço fiscal e financeiro para tanto. O orçamento do Piauí para 2019 é de aproximadamente R$ 10,956 bilhões – ou seja, o valor a ser investido é de somente 11,38% das receitas previstas

 

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