O governo do estado tem feitos várias manobras e se escondendo atrás da lei eleitoral para não conceder o reajuste aos servidores do estado, entre eles os da educação que conquistaram o reajuste através de Decisão Judicial no dissídio coletivo mediado pelo Tribunal de Justiça em 12 de março de 2018.
A diretoria do Sinte-PI está, desde o início de abril, acompanhando o processo de votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), que trata da Lei que concede reajuste para os trabalhadores em educação.
O Sinte-PI já esteve reunido com os deputados membros da CCJ e com representantes do governo para que fosse encaminhada a aprovação do projeto o mais breve possível, uma vez que o reajuste é força de decisão judicial.
Na manhã desta terça-feira (17/04) fomos surpreendidos pela mensagem do líder do Governo, deputado Francisco Limma (PT), com a retirada do projeto da pauta de votação. Os trabalhadores em educação que estavam presentes naquela casa ficaram indignados com a fala e se retiraram com a possibilidade de retomada da greve da categoria.
Na avaliação da presidente do Sinte-PI, professora Paulina Almeida, o governo e secretária de educação não cumpriram respeitaram o tempo hábil de envio no projeto dos trabalhadores em educação para aprovação na Assembleia Legislativa. “Agora dentro do período eleitoral, os deputados colocam dificuldades para aprovar o projeto”, destacou Paulina. Na audiência de hoje (17) o governador mandou o Limma retirar de pauta. “Nós não entendemos como é que um acordo judicial tem irregularidade como o líder do governo falou”.
“Queremos nosso reajuste, porque foi acordado em juízo. Vamos sim retornar uma greve para o o governo do estado e a secretária de educação possam respeitar a valorização dos profissionais da educação pública, que é quem realmente promovem o desenvolvimento do nosso estado”, enfatizou a presidente.
O vice-presidente do Sinte-PI, professor Kassyus Lages, destacou e desabafou, ” o que a gente escuta há duas semanas é uma enrolação tanto dos representantes desta casa como do governo em vir dizer que há irregularidades obscuras na lei. O governo tem conhecimento que o Acordo foi levado a juízo e nossa parte foi cumprida, a greve foi suspensa, e o governo não cumpriu sua parte”.
Kassyus lembrou que o Palácio de Karnak fez alterações, propositadamente, na mensagem enviada para a Assembleia, prejudicando os funcionários de escola. “Se o governo não cumprir com o Acordo e a decisão judicial do Dissídio coletivo, nós vamos retomar uma greve ainda mais forte”, finalizou o professor.
A diretoria está agendando uma reunião do Conselho Geral da entidade, que é uma instância superior, para fazer os encaminhamentos necessários e urgentes para serem levados à categoria em assembleia geral com data a definir.