
Um mestre, pois, pois.
O governo do Piauí pega tanto empréstimo, que se a pessoa pisca, a coisa toda mudou. Neste ano, por exemplo, em menos de seis meses, o governador Rafael Fonteles, do PT, conseguiu, em três meses, aprovar três leis para tratar do mesmo financiamento.
A primeira lei autorizava operação em dólar, a segunda determinava que o valor equivalente fosse contratado em outra moeda e a terceira fixou o empréstimo em ienes, a moeda japonesa.
A primeira lei de Rafael
Segundo a primeira lei proposta pelo governador (nº 8.694) e aprovada pelos deputados e sancionada em 15 de março deste ano, o Piauí poderá contratar operação de crédito externo com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – Bird (Banco Mundial) de até USD$ 392 milhões (R$ 1,547 bilhão).
O dinheiro vai para o Projeto Piauí Sustentável e Desenvolvido (Piauí Futuro).
A segunda lei de Rafael
Sancionada em 16 de setembro de 2016 (quatro meses após a primeira e que recebeu o número 8.812) mantinha a operação, mas determinava a possibilidade de sua contratação em outra moeda estrangeira.
A terceira lei de Rafael
Nesta semana, surgiu a Lei nº 8.867, de 12 de novembro de 2025, que fixou o iene como a moeda em que será contratado o empréstimo autorizado pela primeira lei. O valor deve ser o mesmo (em reais), mas em ienes será de 58 bilhões.
Mistério
Como a lei não justifica o uso de iene em vez do dólar numa operação de crédito com o Banco Mundial, o terreno das especulações vira um latifúndio.
Porém, como o iene é usado como moeda de reserva e é a terceira mais negociada no mundo, há que se considerar a possibilidade de variar menos que o dólar na flutuação cambial futura. (Portalaz)