Sob atmosfera hospitaleira, o governo petista da Bahia trata 3 mil sem-terra que invadiram o prédio de uma de suas secretarias a carne e verduras.
Ocupada pelo MST desde a última segunda (11), a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária fornece aos supostos invasores 600 quilos diários de carne.
Noves fora os vegetais, a alimentação da “tropa”, acampada defronte do prédio, custa ao contribuinte baiano cerca de R$ 6 mil por dia.
A conta não inclui gentilezas cujos custos são, por ora, desconhecidos. Assegura-se aos emeéssetês facilidades como 32 banheiros químicos e dois chuveiros.
Enquanto usufrui das comodidades que lhe são oferecidas na capital, o MST invade terras no interior do Estado.
Nesta quinta (14), militantes do movimento cruzaram a cerca da Fazenda Lastro, em Juazeiro.
As propriedades invadidas em solo baiano já somam 40. Planeja-se chegar a 50 até o final do mês.
Acompanhantes de Dilma Rousseff na viagem à China, o governador Jaques Wagner (PT) e seu secretário de Agricultura, Eduardo Salles, ainda não disseram palavra.
Na ausência da dupla, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Zé Netto (PT), animou-se a defender a fidalguia custeada com verbas do alheio:
“O MST é um movimento importante, não é nosso adversário, não pode ser tratado com violência…”
“…Esse tipo de notícia é melhor para nós [do governo]. Pior seria a outra [de que os sem-terra foram tratados com violência]”.
Tanta cordialidade ainda acaba em ação popular.
Escrito por Josias de Souza