Déficit de Pessoal
Por: Arimatéia Azevedo
O governo estadual criou uma comissão para manter permanente auditoria da folha salarial, mas precisa também lançar luz sobre o crescente déficit de pessoal efetivo em áreas essenciais do serviço público. Não há nenhum estudo confiável sobre quantos profissionais de educação, saúde e segurança são necessários hoje para suprir a falta de professores, médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, policiais. Mas pelos números que alguns sindicatos apresentam, a conta não fecha com menos de 7.000 novas admissões.
Só de professores, a carência pode representar metade desses sete mil vagas a serem preenchidas. Na PM e no Corpo de Bombeiros, não menos que dois mil homens e mulheres são necessários. Sem pessoal em diversas áreas, o Estado, porém, segue com a folha de pessoal em elevação, fruto das aposentadorias crescentes.
Todo ano, ao menos 1,5 mil pessoas entram em inatividade – e não são substituídas por pessoal efetivo, mas por terceirizados. Na Seduc, há cerca de 2.000 professores substitutos e a mediação eletrônica virou um mecanismo compensatório à ausência de mestres em sala de aula. Não há no horizonte um prazo para recomposição do quadro efetivo de servidores – mas quanto mais tempo, pior as coisas ficam. Pelo olhar nas contas públicas, portanto, concurso no Piauí, se houver compromisso e disciplina fiscal, só em 2021.