Governo do Piauí no “cheque especial”

Por: Arimatéia Azevedo

O governo do Piauí está como aquele correntista que usa cheque especial para terminar o mês porque falta do salário para pagar as despesas. Faz tempo que usa de subterfúgios para isso. Usou duas centenas de milhões de reais de recursos derivados de descontos de empréstimos consignados em folha de pessoal; o mesmo com o dinheiro descontado do Iasp Saúde e do Plamta.

Também lançou mão de depósitos judiciais e dias atrás passado fez uma antecipação de receita do ICMS devido pela concessionária de energia elétrica do Estado – a Cepisa – recebendo o dinheiro do mês fiscal posterior naquele imediatamente antes, com perdas, porque a companhia foi autorizada a aumentar a tarifa pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A operação mais recente do avanço do Estado sobre receitas futuras dá-se pela proposta de mais uma lei para perdoar multas e juros de mora de devedores do Fisco estadual. O governo abre mão de parte de uma receita para cobrir o déficit que administra. T

rata-se de uma situação de praticamente insolvência e que tende a se tornar ainda mais grave quando essa ida ao cheque especial se exaurir por falta de ativos. Daí porque, até se compreende que o deputado Fabio Novo tenha feito um apelo dramático a mais uma autorização legislativa para o governo fechar as contas. Mas os deputados, mesmo os aliados, estão com medo de meterem a mão nessa cumbuca, porque a oposição vem acusando suposta ilegalidade nessa operação. 

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