O governo de Rafael Fonteles foi denunciado pelo site nacional Metrópoles por suspeita de superfaturamento em um contrato de telemedicina. Segundo a reportagem, consultas que deveriam custar R$ 4,5 milhões ao Estado estão, em um contrato sem licitação, orçadas em R$ 49 milhões. O cálculo, segundo a matéria, é um “erro grosseiro” que transforma uma despesa de R$ 40 milhões em R$ 108 milhões.
No fim das contas, os cofres públicos poderão pagar quase R$ 400 milhões à empresa de saúde contratada sem concorrência pública. Em vez de esclarecer as denúncias, a comunicação do governo foi rápida em criar um fato político: o próprio secretário de Comunicação divulgou que Ciro Nogueira iria desistir de disputar o Senado para entrar como vice em uma chapa presidencial.
O dia foi tomado por um verdadeiro esquadrão de comissionados e grupos de WhatsApp tentando desviar o foco. Mas, sobre o escândalo da matemática da telemedicina, as respostas seguem por debaixo da mesa. O povo quer, primeiro, saber como está sendo gasto o seu dinheiro. Depois, se discute quem será candidato a quê. Essa história está mal contada e o governador continua nas suas longas viagens pela Europa. (Encarando)