Quem acreditava que o rompimento político entre o prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel, e o grupo da família Mão Santa, responsável por sua eleição, se limitaria ao período eleitoral, se enganou. A disputa evoluiu para uma verdadeira guerra declarada na comunicação, alimentada diariamente em redes sociais, aplicativos de mensagens e até na mídia tradicional. De ambos os lados, foram contratados profissionais especializados em comunicação política não para construir propostas, mas para alimentar ataques, acusações e disputas narrativas.
A polarização tomou conta de grupos de WhatsApp e perfis institucionais, deixando de lado o debate propositivo. Enquanto isso, figuras como Rubens Vieira e o ex-deputado Dr. Hélio ganham espaço e visibilidade, apresentando-se como alternativas à polarização. Analistas apontam que, em meio a esse embate entre Gracinha Mão Santa e Emanuel, quem mais perde é a própria população de Parnaíba, que assiste a um embate cada vez mais personalista e menos conectado às demandas reais do município.
Apesar da intensidade dos conflitos, nenhum dos dois grupos parece obter vantagem política significativa. A guerra continua, mas os parnaibanos, segundo relatos locais, demonstram crescente desinteresse por um confronto que pouco contribui para o futuro da cidade. (Silas Freire)