Representantes do Sindicato dos Hospitais (Sindhospi) e do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (IASPI) se reuniram para discutir o contrato de prestação de serviços. Esse contrato é responsável pelo atendimento do plano de saúde dos servidores estaduais.
Em reunião com o Ministério Público, os dois institutos optaram pela revisão de alguns dos pontos do serviço. E além do reajuste anual, foi discutida a possibilidade do reajuste de materiais e medicamentos, além da regulamentação das glosas e a suspensão de serviços quando há atraso no pagamento pelo Governo.
Para Jefferson Campelo, representante dos hospitais, os pedidos são democráticos e a reunião serve para que as unidades e o Governo do Piauí possam entrar em acordo.
“Nós conseguimos aquilo que estávamos querendo. Estamos tentando ser altamente democráticos. Tentando entender o lado do Instituto e o lado do prestador, como também o lado do usuário. Estamos abertos para discussões e elas são fundamentais para que possamos ouvir as dúvidas e necessidades de cada um para chegarmos em um consenso”, afirmou o presidente do Sindicato.
Os pontos mais polêmicos, afirmou o promotor Fernando Santos, ainda serão discutidos. “Esse próximo encontro será para decidir os pontos mais polêmicos. Envolvendo o conselho do IASPI, pode haver uma decisão mais rápida sobre esses pontos”, afirmou o promotor responsável pela mediação.
Uma nova reunião deve acontecer em 21 de novembro, com a presença de todos os Conselheiros Fiscais do Iaspi. No encontro devem ser discutidos e votados a correção monetária pelos atrasos, os reajustes dos valores anuais e o caso de suspensão do atendimento por atraso no repasse.
O Iaspi pontuou as dificuldades enfrentadas pelo órgão que representa o Estado. Segundo a presidente Daniela Aita, a aprovação das mudanças só deve acontecer com a receita assegurada.
“Só iremos aprovar algo que nós tenhamos uma receita assegurada, por isso é importante ser votado o reajuste anual no Conselho, pois não temos como oferecer o reajuste para a rede credenciada, sem ter o reajuste anual na contribuição dos usuários. Em relação as Glosas, já havia no contrato a programação de análises e recursos. Houve o pedido de encurtar esse prazo de 60 dias para 30. Mas, nesse momento, ficamos impossibilitados, tendo em vista a necessidade de ampliar o quadro de auditores”, completou.
Vale lembrar que em julho deste ano, os hospitais suspenderam o atendimento do plano Iapeppor causa dos atrasos no pagamento. O Governo do Piauí lançou um cronograma de repasses e reconheceu as dificuldades, mas disse que a situação seria normalizada. Na época, o Ministério Público pediu o aprisionamento de R$ 40 milhões da conta do Estado após audiência com representantes de ambos os lados.
Publicado por: Lorena Passo