Por Fernando Gomes (*)
Esses dias fui procurado por uma pessoa amiga que
necessitava fazer um eletrocardiograma de um familiar e havia buscado o sistema
de saúde municipal sem, contudo, obter sucesso. Informaram-na que o exame só
poderia ser realizado entre 60 e 90 dias, um absurdo.
necessitava fazer um eletrocardiograma de um familiar e havia buscado o sistema
de saúde municipal sem, contudo, obter sucesso. Informaram-na que o exame só
poderia ser realizado entre 60 e 90 dias, um absurdo.
Sabe-se que a saúde pública em todas as esferas de governo
vai muito mal em nosso país, daí as razões manifestadas nos protestos que se
espalham Brasil afora trazendo como uma das principais reivindicações a melhoria da
política pública de saúde.
vai muito mal em nosso país, daí as razões manifestadas nos protestos que se
espalham Brasil afora trazendo como uma das principais reivindicações a melhoria da
política pública de saúde.
Aqui, em Parnaíba, a população em geral está mal assistida.
A rede privada ainda é insuficiente,
onde as especialidades mais importantes não têm um plantão de atendimento a contento. Ou seja, há casos que
nem com dinheiro se resolve. Já o sistema público, em que pese a
municipalização da saúde em regime plenificado, ainda não atende aos usuários do SUS com eficácia.
A rede privada ainda é insuficiente,
onde as especialidades mais importantes não têm um plantão de atendimento a contento. Ou seja, há casos que
nem com dinheiro se resolve. Já o sistema público, em que pese a
municipalização da saúde em regime plenificado, ainda não atende aos usuários do SUS com eficácia.
Constitucionalmente, o atendimento básico deve ser promovido
pela rede municipal, no entanto o que se verifica é uma enorme lacuna nessa política
pública, transferindo-se esta responsabilidade, em boa medida, ao sistema
estadual.
pela rede municipal, no entanto o que se verifica é uma enorme lacuna nessa política
pública, transferindo-se esta responsabilidade, em boa medida, ao sistema
estadual.
O município não faz bem o seu papel e a população sofre as
consequências. Colhi uma informação com o Coordenador de Controle Interno
do Hospital Dirceu Arcoverde (HEDA), Sr. Paulo Araújo, dando conta de que dos
180 atendimentos diários realizados, em média, no HEDA, cerca de 40% são
provenientes de problemas para atendimento básico de saúde, ou seja,
ambulatoriais. Estes deveriam ser realizados nos Postos de Saúde da rede
municipal. Mas, como não funciona bem o sistema, “deságua” no HEDA.
consequências. Colhi uma informação com o Coordenador de Controle Interno
do Hospital Dirceu Arcoverde (HEDA), Sr. Paulo Araújo, dando conta de que dos
180 atendimentos diários realizados, em média, no HEDA, cerca de 40% são
provenientes de problemas para atendimento básico de saúde, ou seja,
ambulatoriais. Estes deveriam ser realizados nos Postos de Saúde da rede
municipal. Mas, como não funciona bem o sistema, “deságua” no HEDA.
O HEDA fica assim crucificado e leva o título de grande
algoz, posto que, mesmo com uma carga de deficiências técnicas e financeiras, tem que
desempenhar a sua missão que é o atendimento de urgência e emergência e, sobretudo,
cobrir a lacuna dos municípios da microrregião.Isso mesmo fazer o papel DOS
MUNICÍPIOS, pois são 43 entre os estados do Piauí, Ceará e Maranhão. Um
absurdo! A principal atividade deles resume-se, na sua maioria, em transferir o
paciente ao HEDA, como quem passa a “batata quente” adiante. A manutenção do
funcionamento de uma ambulância é, então, a grande política pública realizada
pela maioria dos municípios.
algoz, posto que, mesmo com uma carga de deficiências técnicas e financeiras, tem que
desempenhar a sua missão que é o atendimento de urgência e emergência e, sobretudo,
cobrir a lacuna dos municípios da microrregião.Isso mesmo fazer o papel DOS
MUNICÍPIOS, pois são 43 entre os estados do Piauí, Ceará e Maranhão. Um
absurdo! A principal atividade deles resume-se, na sua maioria, em transferir o
paciente ao HEDA, como quem passa a “batata quente” adiante. A manutenção do
funcionamento de uma ambulância é, então, a grande política pública realizada
pela maioria dos municípios.
Com a Gestão Plena da saúde o município de Parnaíba-PI
repassa cerca de R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais) por
transferência do Ministério da Saúde para o HEDA. Um mero procedimento antes feito pela
secretaria estadual de saúde, ou seja, não interfere nos recursos municipais, não é
tirado do que é destinado à atenção básica.
repassa cerca de R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais) por
transferência do Ministério da Saúde para o HEDA. Um mero procedimento antes feito pela
secretaria estadual de saúde, ou seja, não interfere nos recursos municipais, não é
tirado do que é destinado à atenção básica.
O velho HEDA tem sido, justiça seja feita, o grande e único
hospital da região a permitir uma assistência diária a uma população de cerca
de 1.200.000 habitantes. Bem ou mal é para o HEDA que todos nós corremos quando
necessitamos. Com a implantação das previstas faculdades de medicina na
cidade de Parnaíba espera- se que a saúde na região ganhe vitalidade, antes disso
pela obrigação constitucional seria
justo que nossos gestores aplicassem devidamente os recursos que são
disponibilizados para importante e deficiente política pública.
hospital da região a permitir uma assistência diária a uma população de cerca
de 1.200.000 habitantes. Bem ou mal é para o HEDA que todos nós corremos quando
necessitamos. Com a implantação das previstas faculdades de medicina na
cidade de Parnaíba espera- se que a saúde na região ganhe vitalidade, antes disso
pela obrigação constitucional seria
justo que nossos gestores aplicassem devidamente os recursos que são
disponibilizados para importante e deficiente política pública.
Verifica-se que, a rigor, os municípios têm tão somente
executado os programas federais. E, diga-se de passagem, alguns mal gerenciados.
Poucos são os investimentos com recursos do tesouro municipal. O que deveria era ser
realizada uma grande auditoria e conferência regional para que os gestores
assumissem suas responsabilidades em cada esfera de poder. O município cuidando devidamente da
atenção básica desafogaria o atendimento ambulatorial feito no HEDA, além
de dar mais qualidade ao atendimento à população. Não queremos muito, apenas que
apliquem corretamente os recursos públicos! Isso feito, seria suficiente para termos
um serviço mais humano e eficaz! (*) Fernando A. L. Gomes, sociólogo.
executado os programas federais. E, diga-se de passagem, alguns mal gerenciados.
Poucos são os investimentos com recursos do tesouro municipal. O que deveria era ser
realizada uma grande auditoria e conferência regional para que os gestores
assumissem suas responsabilidades em cada esfera de poder. O município cuidando devidamente da
atenção básica desafogaria o atendimento ambulatorial feito no HEDA, além
de dar mais qualidade ao atendimento à população. Não queremos muito, apenas que
apliquem corretamente os recursos públicos! Isso feito, seria suficiente para termos
um serviço mais humano e eficaz! (*) Fernando A. L. Gomes, sociólogo.

