Hoje são celebradas duas datas aparentemente distintas entre si, mas, na verdade, bem próximas uma da outra. Trata-se do dia mundial da saúde e do dia do jornalista. Alguns gestores públicos de saúde, erroneamente, veem os jornalistas como inimigos. Julgam que a categoria só mostra as mazelas do sistema. Não é verdade. Boas práticas e soluções inteligentes também são divulgadas, mas não é papel da imprensa fazer propaganda oficial. Para isso, existem as agências de publicidade que trabalham, e são bem pagas, pelo poder público.
O papel, muitas vezes incompreendido dos jornalistas, é divulgar tudo o que é de interesse social. E se a população paga caro, por meio dos impostos, para manter o sistema único de saúde, ela tem todo o direito de saber como seu dinheiro está sendo aplicado. E, também, de cobrar o bom funcionamento da saúde pública, um direito constitucional assegurado a todos os cidadãos brasileiros.
Os jornalistas são parceiros indispensáveis para a promoção de campanhas educativas de prevenção de doenças como dengue, hipertensão, diabetes e tantas outras. E as editorias de saúde de todos os veículos não economizam tempo ou espaço para trabalhar esse tipo de informação. Afinal, uma população esclarecida tem mais chance se proteger de doenças evitáveis, assim como tem mais consciência para exigir o que lhe é de direito.
Ao final, nosso objetivo é o mesmo. Trabalhar por uma saúde de qualidade, com pessoas vivendo melhor e adoecendo menos é o que todos queremos. Os investimentos na área da saúde precisam ser bem aplicados para que pacientes não tenham que continuar dormindo na fila à espera por uma cirurgia, ou que recorrer à justiça para garantir um leito de UTI. A saúde não só pode como deve ser fiscalizada por todos nós. E os jornalistas continuarão cumprindo seu papel.