KASSAB DIZ QUE CORREIOS CORREM ‘CONTRA O RELÓGIO’ PARA EVITAR PRIVATIZAÇÃO

MINISTRO DESCARTA INJEÇÃO DE RECURSOS E OS CORREIOS AGONIZAM
‘É UMA CONSTATAÇÃO DIFÍCIL. SOU CONTRA A PRIVATIZAÇÃO, MAS NÃO HÁ CAMINHO’, DECLAROU O MINISTRO DE COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÕES
O governo não tem recursos e não fará injeção financeira nos Correios, disse hoje o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab. Para ele, a solução para a companhia é cortar despesas.
“Não há saída; é preciso fazer corte de gasto radical”, disse Kassab, depois de participar, no Palácio do Planalto, da cerimônia de Sanção da Lei de Revisão do Marco Regulatório da Radiodifusão, ao lado do presidente Michel Temer.
Embora se dizendo contra a privatização, integral ou parcial, dos dos Correios, o ministro não descartou a adoção da medida, caso a companhia não consiga equacionar o rombo, que no ano passado ficou em torno de R$ 2 bilhões, mesma cifra de 2015. “O rombo nos Correios é reflexo de má gestão, corrupção e loteamento”, acusou Kassab.
Uma das medidas cogitadas pela estatal para enxugar o orçamento é fechar agências próprias em grandes centros urbanos de todos os Estados brasileiros. 
Ainda não havia um número definido de agências a serem fechadas, mas a intenção era fundir agências consideradas “superpostas”, ou seja, muito próximas. Um exemplo: na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, num raio de 10 km, existem 20 agências próprias da empresa, uma a menos de 1 km da outra.
Outros dois pontos são o plano de demissão voluntária (PDV) oferecido aos funcionários e a revisão da política de universalização dos serviços postais, que obriga a estatal a estar presente em todos os municípios. As inscrições para o PDV terminaram em fevereiro e tiveram cerca de 5 mil adesões, número abaixo da meta de 8,2 mil empregados. A estimativa de economia é de R$ 500 milhões, volume abaixo dos R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão inicialmente projetados. (AE)

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