Por:Zózimo Tavares
Todo ano é o mesmo lenga-lenga, sempre que se anuncia ou entra em vigor o novo valor do piso salarial do magistério: governadores e prefeitos abrem a goela no mundo e juram aos quatro ventos que vão quebrar os Estados e municípios se pagarem a seus professores conforme o reajuste definido pelo Ministério da Educação.
Agora não está sendo diferente. O MEC calculou em 11,36% o reajuste do piso do professor para este ano, mas a Confederação Nacional de Municípios (CNM) encontrou outro índice, 7,41%. “Não se trata de discutir o que é justo, e sim o que é possível ser pago com as receitas municipais”, diz o presidente da confederação, Paulo Ziulkoski.
O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo a Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, que vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O piso é pago a profissionais em início de carreira, com carga horária de 40 horas semanais. Segundo a CNM, o governo federal estimou a receita do Fundeb em valor maior do que ela efetivamente foi, aumentando o percentual do reajuste.
Apesar dos aumentos, atualmente, os professores ganham cerca de 60% dos demais salários de outras carreiras com escolaridade equivalente. “Se o Brasil quiser atrair os melhores alunos, tem que melhorar os salários dos professores”, defende a presidente executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz.
A melhora do salário dos professores faz parte do Plano Nacional de Educação (PNE), lei que prevê metas para a melhoria da educação até 2024. Até 2020, os docentes terão que ter rendimento equiparado ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Os gestores que não querem pagar o piso do professor reclamam porque gostariam de gastar mais com farras!
(Com informações do site todospelaeducação.com)