Merlong diz que Bolsonaro virou uma bomba política e que deputados mais ao centro tem se afastado

O deputado federal Merlong Solano (PT), em entrevista ao Sistema O Dia, comentou sobre o cenário político nacional e afirmou que o ex-presidente Bolsonaro se tornou uma bomba política. Ele criticou as tratativas da família Bolsonaro em relação às taxações, apontando que parlamentares mais ao centro não concordam com a forma como o assunto tem sido conduzido.
Merlong Solano afirmou que as atitudes extremistas tem afastado os parlamentares mais ao centro das pautas bolsonaristas.  - (Jailson Soares)Jailson Soares

Merlong Solano afirmou que as atitudes extremistas tem afastado os parlamentares mais ao centro das pautas bolsonaristas.

[Eduardo Bolsonaro] está colocando em risco empregos de brasileiros e brasileiras ao defender que o Brasil seja punido para livrar a cara do pai. Então, o Bolsonaro se tornou, do ponto de vista político, um problema para boa parte do centrão, que tem compromissos com o agronegócio, com o comercial, interesses sociais e econômicos legítimos que estão sendo prejudicados por essa loucura de tentar dar uma sobrevida política ao Bolsonaro”, declarou.

Para Merlong, grande parte do centro político tem se descolado do setor mais radical do bolsonarismo, especialmente após atitudes como o motim de parlamentares que ocuparam a mesa diretora da Câmara dos Deputados.

“Como alguém acha que é razoável chegar no Congresso e tirar o presidente para presidir os trabalhos do Congresso? Como alguém acha que é razoável a pessoa ir para os Estados Unidos, sendo um parlamentar do Brasil, e defender que os Estados Unidos apliquem taxas de 50% sobre as nossas exportações, que inviabilizam vários negócios?”, disse.

Ele ainda afirma que setores mais moderados “não vão ao penhasco junto com o Bolsonaro” e que até mesmo boa parte do Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente, não concorda com o que foi feito no Congresso ou com as posturas adotadas nas tratativas contra a taxação. Segundo Merlong, entre 60 e 70 deputados da legenda são mais extremistas.

Merlong Solano também destacou a dificuldade de aprovar pautas de consenso no Congresso, especialmente as de caráter mais popular, que poderiam dar impulso ao governo até 2026 como o fim da jornada de trabalho 6×1 e a redução do imposto de renda para a população, com maior taxação sobre os mais ricos.

“O centro político entende que estabelecer certos consensos com o governo significa facilitar a vida do candidato mais forte, que é o Lula, apesar das dificuldades. E com alguns consensos estabelecidos, que são razoáveis, o governo andaria com mais facilidade, aprovaria com mais facilidade suas matérias”, defendeu. (O Dia)

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