Em entrevista exclusiva ao MeioNews na segunda-feira (12), o advogado Sammai Cavalcante, que representa Lucélia Maria, revelou que a julgamento da causa criminal do processo que envolve a mulher deve ser julgado nos próximos dez dias pela juíza presidente da Primeira Comarca Criminal de Parnaíba, no litoral do Piauí.
Maria Lucélia foi vítima de uma trama criminosa que resultou na morte por envenenamento de oito pessoas da mesma família entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, em Parnaíba.

Lucélia Maria foi acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba | Foto: MeioNews
Conforme a defesa, após a audiência de instrução e julgamento, o promotor de justiça atrelado ao caso, juntou ao processo as alegações finais.
“O promotor principal, atrelado ao caso, juntou as alegações finais no processo e solicitou a absolvição sumária da Lucélia conforme já era previsto pela defesa. Nós agora vamos aguardar o julgamento de mérito da causa criminal, que deve sair aí nesses dez dias pela juíza presidente da primeira vara criminal da comarca de Parnaíba”, revelou o advogado.
Ainda de acordo com Sammai Cavalcante, após o trânsito em julgado da decisão da juíza, a defesa deve entrar com um pedido de indenização. “Após o trânsito em julgado dessa decisão judicial, nós devemos entrar com as ações indenizatórias”, finalizou.
O QUE ACONTECEU?
Lucélia Maria foi presa no dia 23 de agosto de 2024, suspeita de envenenar Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, com cajus. No entanto, ela foi liberada em 13 de janeiro de 2025, após o laudo pericial comprovar que não havia veneno nas frutas que ela havia dado às crianças.
AVÓS DAS CRIANÇAS PRESOS
Em janeiro de 2025, a mãe, tio, e três irmãos de Ulisses e João Miguel, além de outra mulher, morreram envenenados após comerem um baião de dois no Réveillon. O crime foi premeditado e executado pela avó e avôdrasto das vítimas: Maria dos Aflitos e Francisco de Assis.
As investigações apontaram que Francisco teria envenenado as vítimas motivado por desprezo e ódio pelos enteados. Ele se referia a eles com termos pejorativos e demonstrava incômodo com a presença deles na casa, que abrigava 11 pessoas. Maria dos Aflitos alegou amor pelo acusado em cooperar com o crime.
O casal deve responder por 11 e 12 crimes, respectivamente, totalizando 23. Eles aproveitaram que Lucélia Maria havia doado cajus e tentaram incriminá-la. (Fábio Wellington)