Oito meses depois de sepulcral silêncio dos deputados estaduais, que, por alinhamento, se tornaram cúmplices ou apoiadores da nomeação, um deputado federal de São Paulo está questionando na justiça o cargo de Rejane Dias como conselheira do TCE-PI.
A nomeação para o cargo de conselheira no Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) da ex-primeira-dama dama do Piaui em três governos do marido, Wellington Dias, está sendo contestada por uma ação popular apresentada pelo deputado federal Kim Kataguiri (União-SP). O salário dela hoje é de R$ 34 mil.
Além disso, a ação movida pelo parlamentar também questiona a nomeação de outras esposas de ministros e governadores em cargos semelhantes em diferentes Tribunais de Contas de Estado (TCEs) do país.
Rejane Dias é esposa do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e foi nomeada para a posição de conselheira no TCE-PI, na vaga de fiel aliado petista, o hoje conselheiro do BNB, Olavo Rebelo.
A ação movida pelo deputado Kim Kataguiri busca a anulação do ato de nomeação de Rejane, alegando a possibilidade de nepotismo e violação dos princípios administrativos.
O processo movido pelo parlamentar pede a anulação dos atos de nomeação de Rejane Dias, no TCE-PI; Renata Calheiros, mulher de Renan Filho, no TCE-AL; Marília Góes, companheira de Góes, no TCE-AP; Simone Souza, esposa de Denarium, no TCE-RR; e Daniela Barbalho, mulher de Jader, no TCE-PA
Entre os 323 cargos nos Tribunais de Contas do Estado, 30% estão ocupados por pessoas relacionadas a políticos, sendo vários deles parentes diretos, como esposas, irmãos e sobrinhos.
Sub judice
Quem já tem o cargo questionado na justiça é a também conselheira Lilian Martins, igualmente esposa de ex-governador. Há processo no STF pedindo a anulação da nomeação de Lilian.(Portalaz)