O analfabetismo e os candidatos do Piauí

De acordo com números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das 10.534 pessoas que pediram registro de candidatura no Piauí nas eleições deste ano, 1.755 declararam saber apenas ler e escrever – ou seja, que não completaram sequer o ensino fundamental. O número representa 16,66% do total de postulantes aos cargos municipais.

Desse número, 3,52% declararam que sabem ler e escrever com dificuldade, outros 13,14% afirmam que estudaram, mas não concluíram o nível de escolaridade básica. Segundo o artigo 14 da Constituição Federal, que trata dos direitos políticos, analfabetos e inalistáveis são inelegíveis, mas, caso tenham “capacidade mínima de escrita e leitura”, podem comprovar o mérito à Justiça Eleitoral.

Para facilitar o processo, os TRE exige um comprovante de escolaridade, mas caso o candidato não tenha, ele pode provar que sabe ler e escrever, mesmo sem diploma. E, em alguns casos, há a aplicação de testes. O que pode se tornar um problema para quem aspira concorrer a um cargo no Executivo ou Legislativo municipal.

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