O “Brasil Sem Miséria”, embora seja só um subproduto do Bolsa Família, virou a marca publicitária da presidente Dilma Rousseff. É o seu Fome Zero. Hoje, no programa semanal de rádio, a mandatária disse algo realmente fabuloso para quem aprecia a lógica. Leiam:
“Os empresários vão ser parceiros do ‘Brasil sem Miséria’. Os supermercados, por exemplo, se comprometeram a contratar pessoas que recebem o Bolsa Família, como caixas, empacotadores, auxiliares. Estamos finalizando também um acordo com a Associação Brasileira de Supermercados para que eles comprem alimentos: frutas, verduras, grãos, leite, direto da Agricultura Familiar, e vendam nos supermercados”.
“Os empresários vão ser parceiros do ‘Brasil sem Miséria’. Os supermercados, por exemplo, se comprometeram a contratar pessoas que recebem o Bolsa Família, como caixas, empacotadores, auxiliares. Estamos finalizando também um acordo com a Associação Brasileira de Supermercados para que eles comprem alimentos: frutas, verduras, grãos, leite, direto da Agricultura Familiar, e vendam nos supermercados”.
Ou ando com o juízo perturbado, ou a contratação de “pessoas que recebem o Bolsa Família” como uma norma significaria a não-contratação de quem não recebe, certo? Uma vez contratado o assistido, ele deixaria de receber o benefício, espero, já que, o supermercado em questão vai lhe pagar um salário acima do valor de corte para a concessão da bolsa.
A menos que os empresários abram vagas SUPLEMENTARES para os beneficiários do Bolsa Família, o que Dilma está anunciando é que estes teriam uma espécie de cota na disputa pelo mercado de trabalho privado, em detrimento de quem não tem bolsa, de sorte que a “generosidade” das empresas e do governo seria feita com a sorte de brasileiros também pobres, que deixariam de ser contratados porque ainda não teriam atingido aquele estágio da pobreza que os faz dignos de um benefício.
Trata-se, realmente, de uma visão muito progressista de Brasil!!!
Por Reinaldo Azevedo