O Piauí é um estado bastante singular

DEU NA IMPRENSA:
“Marcelino Fonteles é o chefe de gabinete do governador Wellington Dias
Colega de Wellington Dias desde o dia em que este entrou para a Caixa Econômica Federal, ex-presidente da Agência de Habitação do Estado, tio do secretário de fazenda Rafael Fonteles e irmão do ex-deputado Nazareno, Marcelino Fonteles ocupará as funções de chefe de gabinete do governador(…)”
O Piauí é um estado bastante singular
Por:Dom Severino
Hoje um site de Teresina traz como uma das suas manchetes principais,
uma notícia dando conta de que mais um membro da família Fonteles de origem
cearense ocupa um importante cargo no terceiro governo do Partido dos
Trabalhadores (PT) no estado do Piauí, em menos de duas décadas.
O PT que passou quase 30 anos condenando os políticos tradicionais, as
velhas oligarquias e políticos como Paulo Maluf, José Sarney, Hugo Napoleão,
Renan Calheiros, Jader Barbalho Alberto Silva (já falecido), como sendo
responsáveis pelo nosso atraso secular ao chegar ao poder adotou e ampliou as
mesmas praticas.
No Piauí, um estado que em duas décadas pela terceira vez está sendo
governado por Wellington Dias, o único critério que vem sendo usado para a
escolha de secretários e assessores do segundo e terceiro escalões é o da
amizade, do companheirismo, do compadrio, do partidarismo e familiar.
O
secretário da Fazenda, Nazarenos Fonteles Júnior (Rafael Fonteles), é
considerado pelos piauienses como um verdadeiro gênio, porque em três anos
conseguiu transformar o seu colégio num dos mais badalados do Piauí, o que o
saudoso Marcílio Flávio Rangel de Farias não conseguiu em menos de 20 anos com
o Dom Barreto.
A
propósito: as secretarias consideradas as jóias da coroa do estado do Piauí,
por serem as que lidam com mais dinheiro são todas comandas por parentes de Sua
Excelência o governador, um amigo fraterno ou uma pessoa como disposição para
servir incondicionalmente. Nos dois primeiros governos de Wellington Dias, o
atual deputado federal Assis Carvalho foi diretor do DETRAN e secretário de
Saúde. Isso explica parte da tradição deste estado ser governado por clãs, por
amigos, parentes e ‘aderentes’. Desse jeito, o Piauí nunca deixará de ser o
último vagão da locomotiva chamada Brasil, um lugar onde o mérito, a eficiência
e a competência não passam de lindas figuras de retóricas. 
Em tempo: quem de
fora do ambiente doméstico dos governos municipal e estadual que quiser se dar
bem no estado do Piauí precisa fazer um curso intensivo de adulação e
puxa-saquismo. Isso é praxe por aqui. Zé Filho não ousou tanto.
EDIÇÃO:BERNARDO SILVA

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