O Piauí vota com Marina

Por:Zózimo Tavares
Passada a missa de 7º dia do ex-governador Eduardo Campos, celebrada ontem, a direção nacional do PSB se reúne hoje, em Brasília, para decidir o futuro da sigla na sucessão presidencial. A tendência é a de que aclame o nome da ex-senadora Marina Silva como substituta do ex-governador na cabeça de chapa.
Mesmo com a recente pesquisa indicando Marina como candidata competitiva, o consenso não será tão fácil em torno de seu nome. Analistas políticos de Brasília, como o jornalista Ricardo Noblat, informavam ontem que está em curso a segunda tentativa, da última quarta-feira para cá, para inviabilizar a indicação da ex-senadora.
Como na vez anterior, o responsável pela articulação é ninguém menos que o presidente em exercício do PSB, Roberto Amaral, estreitamente ligado a Lula, a Dilma e ao PT, e favorável a que o partido se mantenha formalmente neutro na eleição presidencial. 
Noblat relata, ainda, que no mesmo dia em que Eduardo Campos morreu tragicamente, Roberto Amaral, que foi ministro do governo Lula e uma vez se disse favorável a que o Brasil construísse sua bomba atômica, partiu para cima da candidatura natural de Marina, vice de Eduardo. Assim, plantou onde pôde a notícia de que haveria dificuldade para emplacar o nome dela. E que o partido nada decidiria por enquanto.
E prossegue o jornalista: “A família de Eduardo Campos, antes mesmo do enterro do corpo dele, entrou em cena para socorrer Marina. Primeiro foi o único irmão de Eduardo que distribuiu nota dizendo que a família apoiava o nome de Marina para candidata a presidente. Em seguida, foi a própria viúva, Renata Campos, que acolheu Marina no Recife e fez questão de mantê-la ao seu lado durante o velório do marido. Nem por isso, Amaral desistiu do seu intento.”

O presidente regional do PSB, ex-governador Wilson Martins, estará hoje na reunião do partido em Brasília. E, como membro da direção nacional, vai disposto a sacramentar o nome da ex-senadora como candidata à presidência da República. O ex-governador vem defendendo o nome dela já desde o primeiro momento e ficou ainda mais convencido da necessidade da candidatura depois de se encontrar com ela, no velório de Eduardo, no Recife, e da pesquisa de intenção de voto que põe Marina na reta final da eleição presidencial.

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