O QUE WELLINGTON DIAS NÃO PROMETEU E FAZ

Por:Zózimo Tavares
Nem o irrefutável levantamento do portal G1-Piauí.com, que publiquei ontem, com as promessas não cumpridas do atual governador durante primeiro ano do novo mandato, nem a prestação de contas que Wellington Dias apresentou à Assembleia Legislativa deram conta de outro aspecto da atual gestão: o que o governador não prometeu e está fazendo.
Os exemplos são abundantes, mas começo pela superlotação da Assembleia Legislativa com suplentes. Nunca antes na história política deste Estado um governador mandou tantos suplentes para a Assembleia. Os piauienses elegeram 30 deputados estaduais em 2014, mas, por obra e graça da engenharia política de Wellington Dias, eles já chegam a 40!
Essa promessa de aumentar assim tão repentina e expressivamente o total de deputados do Piauí não foi feita durante a campanha eleitoral. A benevolência do governador com os suplentes aliados seus foi tanta que, entre os convocados para exercer o mandato na Assembleia, houve até quem tenha tomado um baita susto quando da convocação.
Outro exemplo notório de promessa que não foi feita, mas está sendo realizada, é a privatização do Estado. Nunca antes na história do Piauí um governo foi tão voraz em passar para a iniciativa privada bens e serviços do Estado. E com o detalhe de que está no comando do governo um político de um partido que a vida toda defendeu ideias estatizantes.
Muito bem! Essa privatização começou pelas rodoviárias de Teresina, Picos e Floriano, esta recém-construída. E vai se aprofundar com a entrega dos serviços de água e esgoto para uma empresa privada. Para tanto, o governo já fez o desmonte da Agespisa e tirou do papel o Instituto de Águas do Piauí, que vai fazer o bilionário negócio.
Está em andamento também a privatização dos serviços de saúde. Eles começaram pela gestão do Hospital Regional de Picos, entregue a uma Organização Social baiana. Também foi entregue a uma OS a recém-inaugurada Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de São Raimundo Nonato. 
Mas o projeto do governo é levar a qualquer custo esse modelo de gestão para pelo menos 14 grandes hospitais do Estado, inclusive em Teresina, apesar das decisões em contrário do Tribunal de Contas e da Justiça do Trabalho. Isso não foi prometido, mas está sendo feito.

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