O TIRO SAIU PELA CULATRA

“E mesmo depois de
tanta inveja, sobrevivendo a tanta mediocridade, aproveitando de tantas
futilidades, fingindo e acreditando viver numa falsidade, viramos, exclamamos,
falamos… e até batemos no peito e dizemos: eu sou feliz             
( Poeta, pensador,
contista, de Lagoa Santa/MG, Mateus Maciejewsky).
Por:Eudes Barros(*)
Ao ler o texto acima, lembrei-me de um ex-ministro condenado
pela justiça como chefe dos mensaleiros, quando esteve no Piauí recentemente,
declarou na imprensa que o “mensalão” nunca existiu e que a inflação do momento
também não existe e que ambos, mensalão e inflação, são invenções das
“zelites”, da imprensa e da oposição, para desestabilizar o partido dele.
“Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a
luta das cobiças, obrigam a   gente a
calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender  ao mundo as revelações que faz à consciência”. Assim entendo como uma sensação penosa, o esforço dos governantes do País de
quererem nos passar que de repente o Brasil virou o “País das Alíces”, o País
das “Mil Maravilhas”, sem problemas na educação, na saúde, na segurança… um
País sem corrupção… Dizem os políticos que o Brasil nos últimos dez anos
avançou muito. Concordo, para não citar os outros índices, só o índice da
criminalidade avançou mais de cem por cento. E o índice em corrupção… bem, deixa pra lá.
Existe o ideal e o real. O ideal seria o País citado
anteriormente. O real é que a classe média brasileira entendeu que se o País
pode construir estádios de primeiro mundo, pode também construir escolas,
hospitais, postos policiais e outras coisas, também de primeiro mundo. Inclusive MATADOURO DE PRIMEIRO MUNDO. A
pergunta é: então, por quê  não fazem?
Um político disse certa vez, “faça o que o povo gosta e não
o que o povo precisa”. O povo brasileiro gosta de futebol, gosta! Porém, também
está precisando de uma saúde melhor, uma educação melhor e uma melhor
segurança. A juventude esclarecida está na RUA, clamando por tudo isso, porque
entendeu o ENGODO gerado nos últimos anos. A corrupção sempre existiu no nosso
País, só que agora ela foi institucionalizada. Então, “Viva a democracia! Em
meu País também quero essa democracia”.
Eudes Barros(*)
Professor Universitário (UFPI)

eudesbar@yahoo.com.br

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