Por:Cláudio Barros/ Jornalista
Nem tudo o que é legal é justo ou razoável ou sensato. Neste sentido, a rejeição ao pedido de liberdade feito pelo jornalista Arimateia Azevedo pode até ter o acolhimento técnico-legal, mas agride a razoabilidade o bom senso;
O jornalista, mantido em prisão domiciliar, não somente não foi libertado como teve determinada a sua volta a um estabelecimento prisional. De uma só vez, em meio a uma pandemia, a Justiça ampliou um pouco mais o número de presos provisórios e submeteu a risco um cidadão de 67 anos, com comorbidades que o colocam no grupo de risco para a Covid-19. No país todo, essa seria uma razão de sobra para, se não relaxar a prisão, ao menos assegurar que o jornalista fosse mantido em sua casa.
Como não há muito a quem apelar, apela-se ao governador do Piauí, Wellington Dias, para que ele impeça o recolhimento de Arimateia Azevedo à Penitenciária Irmão Guido, para onde deve ser encaminhado o jornalista.
Para isso, o governador poderá informar de modo oficial o que todos sabem: o elevado grau de risco que aquele estabelecimento penal oferece para uma pessoa de grupo de risco para a doença. Precisa ter coragem e bom senso. Precisa pensar que, mais que mera legalidade, justiça é bom senso e razoabilidade. (Fonte:facebook)

O jornalista Arimatéia Azevedo, que ainda não foi julgado e não oferece risco a ninguém ou ao andamento do processo a que responde, não pode.
Tem que ir para uma penitenciária, mesmo idoso e sofrendo de alguns problemas de saúde, sendo, portanto, do grupo de risco, suscetível de ser vítima do temido vírus da Covid-19.
Sem entrar no mérito da questão, se o jornalista é culpado ou não, entendo que o Judiciário piauiense, com essa decisão, adota a política do dois pesos, duas medidas. Lamentável (Facebook)