Inúmeras são as conjeturas nas ruas acerca de qual será o comportamento político do prefeito José Hamilton nas próximas eleições e se vai mesmo comandar o processo sucessório. Sem mandato, fará o quê? Ele é, de fato, o último dos políticos de famílias tradicionais de Parnaíba? Enfim, ele vai pendurar as chuteiras e deitar em berço esplêndido, no fundo de uma rede?!!!
Nem quero aqui falar de outros políticos tradicionais, como o Mão Santa, que foi lá em cima e voltou. Luta agora para ser arremessado para “fora do poço”, pela mola de que fala o ex-senador Heráclito Fortes:”em política o fundo do poço tem mola – quando menos se espera o político é jogado de lá pra fora”.
A marca histórica de José Hamilton – imbatível – é o fato de haver sido prefeito de Parnaíba por 3 mandatos. Superando os históricos irmãos Alberto e João Silva, que o foram por duas vezes. Só este fato em si obriga o prefeito José Hamilton a seríssimas e profundas reflexões. Sem vaidades ou soberba, despojado de qualquer outro sentimento que não seja o de avaliar o papel que cabe a ele na história política de sua terra berço.
Mesmo os líderes mais respeitados devem ser vistos com cautela.E é baseado nessa assertiva que ouso dizer do quanto o prefeito peca quando se isola numa espécie de redoma, dificultando o acesso a ele, a partir de alguns secretários à imprensa, deixando em aberto uma
série de questões que provocam na opinião pública os mais desencontrados comentários, e,às vezes, os mais injustos também.
Conceituando liderança
“(…)Nenhum líder é infalível, e cada líder deve ser lembrado disso o tempo todo. A crítica irreverente irrita os líderes, mas é o que os salva. O culto a um lider é sempre um grande equívoco.
Alguns líderes têm sido responsáveis pelas loucuras mais extravagantes e pelos crimes mais monstruosos. Em contrapartida, outros têm sido vitais para a conquista de alguns avanços da
humanidade, como a liberdade individual, a tolerância racial e religiosa, a justiça social e o respeito pelos direitos humanos”.
Cabe aqui um parêntese:Em campanhas eleitorais José Hamilton nunca(que eu saiba) praticou o que é marca em outros políticos locais, ou seja, em ninguém que o acompanha colocou a faca no pescoço, obrigando que se votasse irrestritamente neste ou naquele candidato por ele apoiado. Isso sob pena de sofrer retaliações e até perder o
emprego. Sempre respeitou a posição de cada um.Conheci-o assim.Se mudou, retrocedeu.
Claro que esse comportamento sempre mereceu críticas daqueles que achavam que o chefe sempre deve ser seguido em sua orientação política. Irrestritamente.
Auto isolamento
Ao invés de quase sempre delegar poderes ao vice-prefeito Florentino Neto, para representá-lo em quase todo e qualquer evento, por que ele mesmo não comparece? Ou não vão os dois, manter o contato corpo a corpo com aqueles que os colocaram no poder máximo do município? O liderado quer ver o seu líder, que por si necessita estar com seu povo para se sentir revigorado.
E foi o próprio José Hamilton que disse na campanha de 2004, no antigo mercado da 40, a um grupo de feirantes:” Eleito prefeito passarei 70% do meu tempo na prefeitura e o restante com vocês, ouvindo as reivindicações da população”.Eu estava lá.
Hoje a população não tem respostas, por exemplo, a uma série de interrogações, como: demora na recuperação do piso da Praça da Graça; demora pela construção do matadouro; ainda, por que não se resolve a “kizumba” que é o serviço de transportes públicos; O que fazer do mercado da rua Caramuru, que continua nojento.. E outras e outras questões..É por que tudo demora mesmo ou é o tempo que corre rápido demais?! O que não podemos mais é nos contentar com evasivas, justificativas pela metade….
Desculpe-me, caro prefeito, amigos de algumas geladas.Essa avaliação sincera é uma forma de dizer que lhe tenho respeito como político e cidadão, mas também amo demais esta cidade que nasceu fadada ao progresso.Por que tentar travar isso?
Ah! Parabéns pelo seu aniversário transcorrido ontem. Era isso que eu queria dizer, desde o começo.
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