O time do “seu” Pedro Alelaf, como era chamado antigamente (Parnahyba Sport Club), quase centenário, já dá sinais de senilidade. É sempre angustiante acompanhar suaperformance a cada novo campeonato piauiense.
Em momentos empolga. Noutros, frustra. E a gente vê, entristecidos, times menores, mais novos e mais pobres, dando show de vitalidade, enquanto o nosso velho Azulino, ofegante, corre para o vestiário.
Barras, Comercial, 4 de Julho, são casos de times mais novos que já fizeram o Parnahyba pagar “mico” por mera incompetência de seus dirigentes, que não ousam na hora da contratação de jogadores. Vivem com o pires na mão, na porta do Ido Pimenta, na tesouraria da Prefeitura, esperando cair a parcela da colaboração que o município dá para poderem respirar mais tranqüilos.
São 450 mil reais que recebem da Prefeitura, em 6 parcelas de 75 mil reais; São também cerca de 8 mil da Ultragás (Onofre Filho); É o dinheiro apurado nos bingos; o “apurado” nos jogos(renda)… É pouco? E por que diabos ainda mantêm o Parnahybacompetindo profissionalmente, se não podem dar a ele uma estatura de time de primeira grandeza, compatível com a história que construiu ao longo de quase 100 anos?
Obrigação do Prefeito?!
O prefeito José Hamilton não tem obrigação nenhuma de dar dinheiro a um time profissional como o “Tubarão”. E ele disse isso em campanha eleitoral, que não iria se negar a ajudar, a incentivar o Parnahyba, mas não daria rios de dinheiro para sustentar o time. Que os seus dirigentes procurassem patrocínios na iniciativa privada, como fazem os outros.
Isso foi dito numa época em que o Prefeito Paulo Eudes investia todas as suas fichas no Azulino, jogando muito dinheiro no time pensando num retorno, através de votos, o que não aconteceu. Perdeu a reeleição para ZH.
Até os 10% da renda (cláusula contratual) que o time teria que repassar para a Prefeitura (Secretaria de Esportes) disse-nos o secretário Batista Véras que o município doou ao Parnahyba, para pequenas despesas de manutenção do estádio municipal. “Isso foi feito de comum acordo com o presidente Zé Lima, para que fossem agilizadas a solução de problemas como a iluminação, por exemplo”, diz Batista Véras.
“Essas explicações são dadas porque tem gente na imprensa que vive dizendo que a prefeitura não cuida do estádio, o que não é verdade. Pelo menos durante o campeonato essa função é do Parnahyba.
Cadê o Patrimônio do Clube?
Eu não entendo, tu não entendes, ninguém entende porque o estádio do Parnahyba (Petrônio Portela) não recebe nenhum investimento. Nada fazem com aquele patrimônio que era do Estado e foi dado de mão beijada ao Azulino pelo então governador Alberto Silva.
Se não sabem o que fazer do terreno que restou, que vendam e comprem bolas com o dinheiro. E ainda tem a sede própria do time. O time é rico!