Em Parnaíba está em funcionamento, desde agosto, o Núcleo de Prevenção ao Suicídio, porém, sem lugar fixo para funcionar. Tem como prioridades buscar parcerias e realizar capacitação. Segundo o coordenador geral, psicólogo e professor Demetrius Beltrão, o principal papel do núcleo é fazer articulação e capacitação com profissionais na área da saúde, e dar continuidade ao longo dos meses.
Disse a assistente social Karini Sampaio, que faz parte da equipe do Núcleo, que seu papel é acolher, tanto a pessoa que tentou o suicídio como a família, dentro do hospital e das redes de saúde. “Vamos abordar o assunto por meio de um método educativo com palestras, que estão sendo dadas, e planejamentos de relatórios, de protocolos do ministério da saúde e assim conseguir alcançar todos os públicos”.
Na tentativa de reverter esse quadro de suicídio dentro da cidade, o surgimento do Núcleo, segundo informam, vai trabalhar com os profissionais para que eles estejam preparados e isso vai ser de curto e médio prazo. Lembrando que o suicídio é considerado um problema de saúde pública e mata 1 brasileiro a cada 45 minutos e 1 pessoa a cada 45 segundos, em todo o mundo. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer.
Divulgação
A forma de divulgar o assunto tem que ser revisto. Segundo Demétrio, não se deve divulgar a forma como a pessoa cometeu o suicidou e sim conscientizar. “Hoje temos opções de ajuda porque a realidade do suicídio existe e atinge todo o país. Tem que existir a divulgação mas não de forma sensacionalismo; evitar certos termos, mas aproveitar para informar a população, a quem elas podem estar recorrendo para buscar ajuda e os locais”.
A parte burocrática do núcleo ficou com Edson Medeiros, que é o coordenador e está focado na realização de projetos e na divulgação das ações do Núcleo. No próximo dia 9 vai acontecer um evento no Parnaíba Shopping, em alusão ao Setembro Amarelo, que é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015 em Brasília. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Reportagem: Camila Neto
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