O governador Wilson Martins criou uma equipe de alto nível para planejar o Piauí para os próximos 20 anos. A missão desse “grupo de elite” é traçar o planejamento estratégico do Estado em todas as áreas. O objetivo é trabalhar as ações, projetos e obras estruturantes para o Estado seguir nas próximas duas décadas.
Muito bem! O atual governo demonstra que tem disposição de planejar o desenvolvimento do Piauí. Trata-se de uma preocupação básica e salutar. Se o Estado quer seguir adiante, precisa calcular os seus passos e saber aonde e como quer chegar lá. E essa caminhada começa, claro, com um planejamento.
Não custa lembrar, a propósito, que em seu primeiro mandato o governador Wellington Dias chegou a criar um grupo de trabalho com idêntica missão – planejar o Piauí para os próximos 20 anos. Pelo estardalhaço que se fez na época, o Estado seria destino obrigatório de todo investidor. O Piauí até foi batizado pela propaganda oficial de “Estado do Desenvolvimento”.
O tempo passou, Wellington foi para o segundo mandato, deixou o governo e, no ano passado, a revista Veja publicou ampla reportagem sobre as perspectivas de investimentos nos Estados brasileiros. O Piauí ocupou o último lugar. E por quê? Justamente porque não se preparou, porque ficou só no lenga-lenga, no oba-oba, sem um projeto consequente de desenvolvimento.
Aquele primeiro Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros, publicado pela Veja, foi elaborado pela Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist, patrocinado pelo Centro de Liderança Pública(…) – Zózimo Tavares
EM TEMPO: Nessa “onda” de planejar Estados e Municípios para 20 ou 30 anos, meu medo é que os gestores vão se sucedendo e uns se esquecem de dar continuidade ao que foi deixado pelo anterior, afinal, cada um tem suas ambições politiqueiras e sua maneira de ver as coisas. Abandonam o que encontraram planejado, metem os pés pelas mãos e lá se vai mais dinheiro público para o ralo(BSILVA)