Planejamento deve guiar futuros projetos para o litoral cearense

São 573 Km de litoral, onde 20 municípios desenvolvem a economia e influenciam outras três cidades

FOTO: JOSÉ LEOMAR

Responsável por definir quais áreas do litoral cearense podem ser alvo de empreendimentos imobiliários e demais negócios, o Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira do Estado (Zeec) iniciará uma nova etapa no próximo dia 21 de janeiro, quando empresários e população serão convidados para debater diretrizes ambientais e dinâmicas socioeconômicas para os municípios de Camocim, Paracuru, Beberibe e Fortaleza.

“Quando for feito o zoneamento, nós vamos saber exatamente em que áreas os empreendimentos podem ser realizados, quais são as áreas de preservação permanente, como está o meio físico do nosso litoral que é tão importante para o turismo, para as atividades econômicas e a vida de milhões de cearenses”, explica o secretário Artur Bruno (Meio Ambiente).

Conduzido em parceria pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) pela Superintendência do Meio Ambiente (Semace), o projeto deve influenciar diretamente em setores produtivos cujas atividades envolvem a costa cearense.

Agenda

De acordo com o secretário, haverá “debates participativos com todas as regiões litorâneas do Ceará”, nos quais empresários, pequenos empreendedores, além de pescadores, marisqueiros e lideranças locais devem ser convidados para contribuir e direcionar o projeto a ser desenvolvido em cada área.

“Nós já tivemos duas rodadas de debate com a população discutindo o meio físico, fazendo o diagnóstico dos 573 quilômetros do litoral cearense, e temos 20 municípios litorâneos e três municípios próximos que são muito influenciados pelo litoral. Depois de concluídas essas fases, vamos para o prognóstico. Vamos mostrar o que encontramos do ponto de vista econômico, físico, cultural, social e histórico desses municípios”, ressalta Artur Bruno.

Os encontros começam na próxima semana, agendados para os dias 21, 22, 23 e 24 de janeiro, nos municípios de Camocim, Paracuru, Beberibe e Fortaleza, respectivamente, e serão abertos ao público.

Setores produtivos

Fátima Catunda, consultora de participação social e moderadora dos encontros do Zeec, indica ainda que devem estar envolvidos no processo de debate membros do comércio, serviços, turismos, hotelaria e entretenimento; esportes náuticos e de vento; setores industriais, aeroportuário e de energia renovável, parques eólicos, setores do beneficiamento de pescado, atividades pesqueira de carcinicultura; extrativismo; comunidades tradicionais, territórios culturais e étnicos, setores públicos estaduais, federais e municipais; conselhos das unidades e áreas de preservação de entidades de organização da sociedade civil e dos setores acadêmicos.

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