Para quem já chegou a ser o maior partido político do Brasil e, pelo fato de não disputar eleições presidenciais ultimamente, satisfazendo-se apenas e tão somente com alguns cargos no governo, o PMDB segue a largos passos para o mesmo destino do PFL, ou seja, para o seu fim.
Ainda que no resto do Brasil tenha sido o partido que mais elegeu prefeitos na eleição deste ano, os números são irrisórios, tendo em vista o potencial do partido. No Piauí a situação chega a ser vergonhosa. E não é nenhum estranho que faz a pior avaliação da sigla e sim, o deputado e prefeito eleito de Picos, Kleber Eulálio, um tradicional peemedebista. A sua frase, após a eleição, mostra o forte sentimento indignação com o pífio desempenho da legenda em todo o Estado. Kleber chega a chamar o PMDB de partidozinho.
A exemplo do Brasil, o que leva a essa situação no Piauí é também o fato de o partido ser caroneiro, nunca disputar eleição para governador e termina se contentando com migalhas de poder. O partido elegeu apenas 24 prefeitos – cidades pequenas – em todo o Piauí e na capital não pode nem dizer que elegeu o único vereador porque Luiz Lobão não seguiu a orientação partidária. Alberto Silva e Mão Santa, os últimos líderes estaduais do partido, tinham coragem de disputar eleições majoritárias empunhando a bandeira do partido. Hoje, este vazio se dá em função da falta de verdadeiros líderes porque os que existem administram projetos pessoais.
Ou o partido muda radicalmente, ou no Piauí ele seguirá o mesmo caminho do PFL que, por outros motivos, teve um fim melancólico.
Por:Arimatéia Azevedo
