A Policlínica foi inaugurada em 06 de julho quando o Governo do Estado Wellington dias esteve na cidade Parnaíba exclusivamente para o ato inaugural. O prédio foi inaugurado e fechou. O processo de trabalho começou finalmente na última terça-feira (08) mas deverá ser lento e gradual, neste primeiro momento.
Segundo o professor José Ivo Pedrosa, coordenador do Curso de Medicina da UFPI/ Campus Reis Velloso, a divulgação do início das atividades não aconteceu porque “sabemos da necessidade dos pacientes, com relação à área da saúde, em nossa cidade. Se a gente divulgar, vai ter fila de pessoas, porque a necessidade é grande”, explicou o professor.
Na terça-feira já foram atendidas duas crianças na especialidade de Pediatria. Elas foram encaminhadas pelo Hospital Dirceu Arcoverde, via prontuário físico, mas o objetivo é trabalhar com prontuário eletrônico, que vai ficar registrado no sistema, com todo o histórico e procedimento realizado, tanto no Heda como na Policlínica.
“Por isso que as pessoas não perceberam que está funcionando, porque estamos trabalhando devagar, uma vez que a estrutura mais importante é profissional. Temos que capacitar o pessoal do Heda para que eles possam entender qual tipo de paciente que vai ser encaminhado para cá. Vamos iniciar um treinamento”, relatou Ivo Pedrosa.
Professor Ivo Pedrosa e Bernardo Silva
Ele disse que quando foi inaugurado o Prédio, todo o projeto já tinha sido elaborado pela Universidade Federal porque já era preciso ter conhecimento sobre as condições de saúde que vinha acontecendo na nossa região na planície litorânea e planície dos cocais.
O grande interesse da UFPI, segundo ele, é tirar os alunos da situação de conforto e ir para prática, para organizar as redes de atendimento. “O lugar de aprendizado não é somente na sala de aula. O aluno tem que ter uma habilidade para se comunicar com paciente, de fazer um bom exame físico e ter a sensibilidade de escutar a história. À medida que alunos vão avançando no curso é necessária a prática e habilidade médica”, salientou o professor Ivo.
A Policlínica vai funcionar com 11 especialidades sendo pediatria, hebiatria, pediatria, ginecologista, pneumologista, endocrinologista, infectologista, oncologia, cirurgia pediátrica, mais na questão de preparação da cirurgiã e no pós-operatório, gastroenterologista e neurologia.
Cada especialista vai trabalhar em dois turnos e atender cada paciente por uma hora. Por semana o especialista atenderá até 8 pacientes, sendo 6 novos pacientes e dois retornos. Não vai existir fila porque a ideia é fazer um atendimento seja referencial e com horário marcado. O especialista vai estar acompanhado sempre de um residente, que vai anotar tudo para um banco de dados, será junção de pesquisa, atendimento e o ensino, tudo junto.
Os médicos serão os professores que Universidade e outros especialistas serão contratados e vão receber seu salário por meio de uma bolsa/pesquisa.
Conforme informação do professor Ivo, o governo do estado fez toda a adaptação da estrutura do prédio, com os equipamentos. Vai disponibilizar as bolsas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e uma nutricionista. “A Universidade vai disponibilizar a internet para realizar o prontuário online, para constar todas as informações. Logo estaremos trabalhando com capacidade total”, finalizou o professor.
Fotos/Texto: Camila Neto
Fonte: Jornal “Tribuna do Litoral”
publicação:blogdobsilva