PORTA ESCANCARADA

     O deputado federal Assis Carvalho (PT) não apareceu no primeiro escalão, mas está com os dois pés no governo
A composição do secretariado de Wellington Dias mostrou por A+B que ele aprendeu mesmo direitinho as lições de Lula. Na eminência de ter um vestígio de oposição qualquer na Assembleia Legislativa, já que a coligação adversária elegeu 18 deputados, Wellington montou um secretariado convocando cinco deputados eleitos, mas chamando nove suplentes.
Antes mesmo de começar a governar, o petista já chegou à metade do número de suplentes que colocou na Assembleia em seus mandatos anteriores, quando realizou reformas administrativas, criou e extinguiu secretarias, mas conseguiu reduzir a oposição a dois parlamentares. A porta para os suplentes está escancarada.
Onde a lição de Lula entra? Foi Lula quem traçou, ainda em 2010, a total extinção da oposição no Senado. Conseguiu. Wellington segue o mesmo caminho, trabalha para deixar a Assembleia de cócoras. Nunca na história deste Estado tantos suplentes foram convocados através de artimanhas criadas pelo governador.
Para tanto, Wellington mandou por terra uma de suas promessas da campanha e bancou até rejeição ao nome do forrozeiro Francis Lopes pela classe artística e o colocou na Fundac. Tudo para ter dentro da Assembleia o maior número de petistas e petebistas possível. O artista é um dos suplentes de sua coligação.
No ranking das suplências, alguns nomes que o futuro governador queria ver na Assembleia estavam muito atrás. A solução que ele encontrou para fazer a fila andar e limpar a área foi chamar outros para sua equipe. Desse modo, 9 suplentes viram deputados estaduais. Mais três sentarão na cadeira de deputado federal e um na Câmara Municipal de Teresina.
Há quem diga que, com essa engenharia política, Wellingon abriu caminho para colocar o PT, que já está no comando do Palácio de Karnak, também no controle do Palácio Petrônio Portela. Aí estariam plantadas as bases para a conquista da presidência da Assembleia Legislativa, com o deputado Fábio Novo. 
Por:Zózimo Tavares

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