Prédios abandonados em Luís Correia: Retrato falado da má gestão pública

Prédios abandonados e estruturas deterioradas que ameaçam desabar e oferecem riscos aos que procuram lazer no Balneário Atalaia, em Luís Correia. Este é o retrato de calamidade que exibem dois blocos do complexo no litoral do estado. Imagens que circulam nas redes sociais nesta segunda-feira (22) mostram que alguns prédios que compõem o Balneário Atalaia estão abandonados e em más condições de preservação.

O Balneário Atalaia é um complexo de prédios com apartamentos que fica perto da praia de Luís Correia, no litoral do Estado. Segundo a denunciante, que preferiu não se identificar, dentro do balneário, construído pelo Estado durante a gestão do ex-governador Alberto Silva, estão prédios do Instituto de Previdência do Município de Teresina (IPMT), Associação Piauiense de Municípios (APPM), Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Piauí, Finesse e Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado.

No local existem áreas de comum convivência, que seriam uma lanchonete, um restaurante e um auditório. Como visto nos vídeos, a estrutura dos prédios está totalmente danificada e depredada. O telhado está comprometido e diversos objetos como pias, vasos sanitários e balcões foram roubados dos locais. Animais mortos e sujeira também podem ser encontrados no local.

Os locais abandonados, de acordo com a denúncia, ficam próximo aos prédios onde as pessoas se hospedam e não há nenhum tipo de interdição. Qualquer pessoa que estiver dentro do balneário teria acesso e consegue entrar nos prédios abandonados. Os prédios abandonados chegaram a funcionar logo depois da construção, mas foram abandonados há mais de 10 anos.

O OUTRO LADO

O diretor-presidente da EMGERPI Empresa de Gestão de Recursos do Piauí), Décio Solano, afirmou que desconhece o abandono ou situação precária do balneário Atalaia, de Luís Correia. “Não há estrutura danificada ou mesmo abandonada, se houvesse, as denúncias já teriam chegado até nós. O Balneário Atalaia é um complexo de prédios com cinco blocos que foram cedidos formalmente a entidades de responsabilidade e que regularmente fazemos reuniões com elas, na qual cobramos manutenção do local”, afirma o diretor.

Ao Portalaz a presidente da Caixa de Assistência do Advogado Piauiense (Caapi), Andréia de Araújo Silva, disse que os estabelecimentos que estariam em situação de abandono e precariedade são áreas de uso comum, portanto de responsabilidade da EMGERPI a manutenção dos mesmos. “O restaurante, a lanchonete e o auditório são áreas comuns e por isso não é de nossa responsabilidade. O nosso bloco, inclusive, é o mais preservado do balneário. Ele passou por reforma no ano passado. Essas áreas de comum convivência são de responsabilidade da EMGERPI, que deve manter e preservar os locais”, afirma Andréia de Araújo Silva. (Com informações do Portalaz)

Fotos:Reprodução/Internet

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