Embora seja legal, a prática de nomear familiares para cargos públicos é amplamente questionada do ponto de vista moral. Muitos prefeitos eleitos ou reeleitos em outubro passado têm colocado parentes próximos em posições de destaque em suas administrações, transformando as prefeituras em verdadeiros “negócios de família”. Um exemplo vem do município de Lago do Sítio, onde o prefeito José Moura nomeou sua mãe, Antônia da Silva, como secretária de Educação; sua esposa, Joilma Mourão, como secretária de Assistência Social; e seu irmão, Rodrigo Moura, como secretário de Saúde.
José Sávio Moura
Em Rio Grande, o prefeito Antônio Luís seguiu o mesmo caminho. Ele nomeou suas duas filhas: Camila Feitosa para a Secretaria de Ação Social e Zkarem Feitosa para a Secretaria de Saúde. Vale destacar que Zkarem já exerce o cargo de vice-prefeita ao lado do pai. Além disso, Antônio Luís também nomeou seu irmão, José Valdomiro, como secretário de Finanças. Esses casos não são isolados. A prática de ocupar secretarias com familiares tem se repetido em diversos municípios do Piauí, suscitando críticas e questionamentos sobre os limites éticos na administração pública. (Silas Freire)