Os profissionais da saúde da rede estadual do Piauí (exceto médicos), deflagraram greve e realizarão um protesto em frente ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), com passeata até o Palácio de Karnak, sede do Poder Executivo estadual na manhã desta quinta-feira (25/06).
Profissionais da saúde da rede estadual de greve (Foto:Senatepi)
Segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (Senatepi), Erick Riccely, a categoria tentou um diálogo com o governo estadual, mas não houve acordo e a greve foi deflagrada.
“Uma das pautas é a forma como é calculado o valor da insalubridade aos profissionais, pois a forma correta é conforme os vencimentos do servidor e isso não está acontecendo. O governador fez alterações na Lei que garante o adicional, não há um padrão que garante esse pagamento. A classe de trabalhadores da saúde que reivindica o adicional de 40%, recebe atualmente, apenas 10% do valor”, disse Erick.
REIVINDICAÇÕES DO SERVIDORES DO ESTADO
-Afastamento de todos os integrantes dos Grupos de Risco, sem redução de remuneração;
-Fornecimento de EPI’S em quantidade e qualidade adequadas;
-Realização de Exames (Covid-19) periodicamente (TESTES e RE-TESTES);
-Insalubridade de 40% durante a pandemia e retorno dos percentuais adequados depois da Pandemia, sem congelamento ilegal;
-Incentivo específico para o Setor COVID nos hospitais do Piauí.

PROFISSIONAIS INFECTADOS PELA COVID-19
O adicional da insalubridade é um benefício que compensa o trabalhador exposto a doenças infecciosas, como a Covid-19. Até esta quinta-feira (25/06) 400 profissionais de enfermagem foram infectados pelo novo coronavírus, sendo dois óbitos, segundo dados da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi).
NOTA DA SESAPI
O Governo do Estado lamenta a decisão do Sindicato dos Enfermeiros de deflagar uma greve em meio ao maior desafio de saúde pública dos últimos 100 anos. Tal decisão pode trazer prejuízos vitais para a sociedade. Ressaltamos que todos os profissionais estão com salários em dia, que o adicional de insalubridade é pago normalmente, conforme determina a legislação estadual, e que não há falta de EPIs em nenhuma unidade de saúde, não havendo, assim, motivos para paralisação.(Ellyo Teixeira-OitoMeia)