Com quase um ano de Governo, é possível dizer que não há um “super-secretário” na gestão Rafael Fonteles: o eixo do poder é o governador. Mesmo entre os adversários, as poucas críticas (por exemplo, sobre as viagens) se entrecortam com as falas de respeito ao modo como o petista tem conduzido sua gestão, especialmente porque Rafael demonstrou um modo distinto de governar em comparação a Wellington Dias, seu antecessor. Além disso, os números de aprovação perante a opinião pública são localizados em levantamentos feitos também pela oposição, ponto inconteste. Claro, há secretários com protagonismo, caso inegável de Chico Lucas na robusta Segurança Pública, ou Washington Bandeira na importante Educação, ou do hábil Marcelo Nolleto na sempre espinhosa pasta de Governo. Mas quem arbitra as disputas e modula as forças, no final, é mesmo Rafael.
Cada um do seu jeito
O que sempre se falou nas rodinhas de política a respeito de Wellington Dias é que era impossível desgostar do senador. O jeito com tom de voz sempre humilde, de bom trato e olho no olho. “A gente podia até sair com as mãos abanando do Karnak, mas saímos com um sorriso no rosto”, brincou um aliado das antigas à coluna. O estilo Rafael, reza em outra cartilha: “Inteligente, objetivo e cumpre o combinado. Todo mundo quer mais, é verdade, mas é o que é e ele é claro”, resumiu um político que se aproximou do Governo nos últimos tempos. Se há brigas de egos e disputas por poder no Governo – e onde há política, elas existem – quase nada vem à tona com relevo, pois a gravidade chama os corpos de maior peso para si. O centro de autoridade segue sendo o próprio Rafael. (Por: Sávia Barreto)