
E os prefeitos? Pelo PL, Samantha Cavalca diz que não perdoa infiéis; o caminho do PT de Wellington Dias deve ser mais moderado, porém ele também mandou o recado (fotos: reprodução | Jailson Soares | PD)
“Você que hoje está no PL, está lá no interior dizendo que hoje na cidade o ´PL meu!’, se você apoiar o PT, saia. Porque se você não sair por bem, vou lhe botar para fora por mal”, declarou em entrevista à Tv Cidade Verde, a nova presidente do partido no Piauí, a jornalista Samantha Cavalca. A missão dela “limpar” a sigla que, até bem pouco tempo, estava na base do governo de Wellington Dias (PT) no Piauí. E acendeu a polêmica das trocas de partido e apoio de prefeitos nas eleições deste ano no Piauí. O PL fez 7 prefeitos nas eleições de 2020.
O comportamento de Samantha não é o comum. Na última semana, o senador Ciro Nogueira (Progressistas) anunciou que a campanha de Silvio Mendes (PSDB) recebeu o reforço de um prefeito petista, Dr. Lindemberg Vieira, de Ribeiro Gonçalves. Mas o PT já tem candidato para o mesmo cargo: Rafael Fonteles.
Pulso firme: para Samantha, ou prefeitos estão com Bolsonaro ou estão fora do partido (foto: reprodução CidadeVerde)
Sobre isso, Wellington Dias buscou informações junto à direção do PT. Não se descarta que tenha ele mesmo ligado para o prefeito. Ao Política Dinâmica, após apurar o caso, o governador disse que o encontro entre Lindemberg e Ciro foi motivado por agenda administrativa. E mesmo que a conversa entre o prefeito e o ministro tenha, em algum momento, passado por política, para Dias, a situação é normal e não revela adesão.
De todo modo, Wellington mandou seu recado: “Você quer ter um governador? Então, você se esforça para viabilizar a eleição desse governador”, comentou ao ser questionado sobre como o PT deveria tratar o caso.
Experiência de outras campanhas: Wellington sabe que numa disputa acirrada, o extremismo não é a ferramenta da adesão, mas revela que o PT vai acompanhar movimentação dos filiados (foto: Jailson Soares | PD)
A futura governadora, Regina Sousa, foi mais incisiva. Sem dizer o nome de Ciro, a vice de Wellington disse que tem “gente querendo tumultuar o processo”, como se a suposta adesão fosse invenção do ministro. Ela, que também já foi presidente do PT, foi mais direta que Dias: “A pessoa que está em um partido é porque ela gosta desse partido. Se a pessoa não gosta mais o melhor é ela sair”, comentou.(Politica Dinamica)